Operação Midas: três são presos por roubos cometidos em Itaipava
Policiais Civis da 106ª Delegacia de Polícia (DP), em Itaipava, prenderam na manhã dessa quarta-feira (26), três homens, de 27, 23 e 21 anos, suspeitos de ter cometido roubos de celulares na rodovia BR-040. A ação fez parte da Operação Soberano, deflagrada em todo o Estado do Rio de Janeiro. Ao todo foram presas 25 pessoas e, de acordo com investigações da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), essa quadrilha planejava invadir a comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Os três homens presos pelos policiais da 106ª DP estavam em casa, no bairro de Olaria, na cidade do Rio de Janeiro. Os crimes cometidos por eles aconteceram no dia 19 de agosto, próximo ao Castelo de Itaipava. As vítimas, de 33, 30 e 27 anos, estavam saindo de uma festa quando foram abordadas pelos criminosos. O jovem de 27 anos chegou a ser levado para o Hospital Santa Teresa (HST), depois de ser agredido pelos bandidos.
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A Polícia Militar (PM) foi acionada e fez rondas pela região, mas o carro onde os criminosos estavam, um Sandero na cor branca, não foi localizado. De acordo com a denúncia, havia cinco ocupantes no carro. O crime está sendo investigado pela 106ª Delegacia de Polícia.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo juiz Afonso Henrique Castrioto Botelho, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Petrópolis. Os três suspeitos foram levados para a 106ª DP, onde prestaram depoimento. Depois encaminhados para presídios na cidade do Rio de Janeiro.
Policiais da 105ª Delegacia de Polícia (DP), no Retiro, também participaram da operação, mas nenhum mandado de prisão foi cumprido por eles. Os agentes estiveram no bairro Alto da Serra, mas outro suspeito, que também está sendo investigado, não foi encontrado e é considerado foragido.
Operação Soberano: investigações duraram 10 meses
De acordo com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, as investigações do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) duraram cerca de 10 meses. Traficantes roubavam cargas a fim de financiar a compra de armas e drogas. Para executar os crimes, a quadrilha usava armamento de guerra como fuzis, granadas e pistolas. Eles se beneficiavam do poder territorial em comunidades pobres para desembarcar e revender o material roubado.
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Como medida de prevenção de possíveis abordagens, os criminosos usavam uniformes policiais, bloqueadores de GPS e contavam com marginais que faziam o papel de batedores. O grupo recebia apoio de facções criminosas do Rio e de São Paulo e se consolidou na Cidade Alta, no bairro de Cordovil, na Zona Norte. Atuava em associação com traficantes de diversas outras áreas, entre elas a comunidade do Muquiço, em Marechal Hermes; a Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste; Quitanda, no Complexo da Pedreira; no Complexo da Maré, na Zona Norte e possui ramificações em São Gonçalo, na Região Metropolitana e na Região dos Lagos.
Segundo a Polícia Civil, o cálculo do prejuízo imposto pelo grupo, em 2017, foi de R$ 600 milhões. Os crimes ocorreram em roubos em vias expressas como a Avenida Brasil, Avenida Automóvel Clube e Rodovia Presidente Dutra.
A Operação Soberano também recebeu o apoio do Ministério Público do Rio (MPRJ) e faz parte de uma mobilização nacional chamada de Operação Midas deflagrada pelo Ministério da Segurança Pública, que mobilizou as Polícias Civis de 25 Estados e do Distrito Federal e prendeu 333 acusados por roubos, assassinatos e tráfico de drogas.
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