• Operação cumpre mais cinco mandados de prisão e desarticula tráfico no Neylor

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  • 03/12/2016 09:05

    Policiais civis da 105ª Delegacia de Polícia deflagraram na manhã de ontem a 2ª fase da Operação Playboy, operação que desmobilizou o tráfico de drogas na comunidade do Neylor. Após seis meses de intensa investigação, os policiais conseguiram cumprir cinco mandados de prisão, com o apoio do serviço reservado da Polícia Militar do 26ºBPM. Através da quebra do sigilo telefônico dos celulares apreendidos com os presos na primeira fase da operação, que ocorreu em setembro, as conversas via WhatsApp possibilitaram a identificação de todos os traficantes que integram a organização criminosa que tomava conta do lugar. Nas conversas, além de tratarem sobre as questões relacionadas ao tráfico de drogas, os suspeitos falam sobre armas enviadas à comunidade e combinam uma emboscada para matar policiais civis no próprio estacionamento da 105ªDP.

    A investigação foi comandada pela delegada Juliana Ziehe. A operação teve início através de um inquérito policial instaurado para investigar o tráfico de drogas na comunidade do Neylor. Ao longo da investigação, policiais civis da 105ªDP conseguiram identificar todos os integrantes da quadrilha que abastece o tráfico de drogas, bem como o modo de operação de cada um dos envolvidos. As investigações apontaram dez pessoas atuando na organização do tráfico da comunidade. A prisão temporária de todos os envolvidos foi solicitada pela drª Juliana Ziehe e os mandados foram deferidos pela 2ª Vara Criminal de Itaipava. 

    Nessa segunda fase foram cumpridos cinco mandados, incluindo a apreensão de dois menores. Outros cinco suspeitos continuam foragidos, entre eles o homem responsável por comandar o tráfico na comunidade, conhecido como “Dourado”, e o suspeito de fazer o transporte das drogas do Parque União até a comunidade do Neylor, conhecido como “Playboy”. As investigações mostraram ainda que Playboy fazia o transporte das drogas em motocicletas de luxo, inclusive em uma BMW. Ainda de acordo com a investigação, a escolha de veículos caros era feita com o objetivo de não chamar a atenção de policiais em blitze e pela imposição de grande velocidade em caso de necessidade de fuga.

    Todas as articulações dos envolvidos no tráfico foram descobertas através da quebra do sigilo telefônico feito nos celulares dos quatro suspeitos de atuarem no tráfico que foram presos na primeira fase da operação. Os policiais chegaram até os quatro suspeitos através de pesquisas no Facebook e depoimento de testemunhas. Eles foram presos no dia 1º de setembro deste ano e as prisões foram efetuadas com o auxílio de policiais do serviço reservado da PM. Ao final do inquérito todos os investigados foram denunciados pelo Ministério Público. 

    As investigações da 1ª fase da operação mostraram que o homem de confiança de Dourado era conhecido como DG. Ele morreu posteriormente em uma troca de tiros com a polícia. Era DG quem fazia a distribuição das drogas para pequenos traficantes da região. Segundo as investigações, DG ostentava armas de fogo, impondo grande temor na comunidade, postando fotos com fuzil AK 47 em suas redes sociais. Na comunidade, a droga era entregue para alguns adolescentes infratores, que vendiam a carga com menor valor, isto é, a carga de cocaína de R$ 10,00 e de R$ 20,00 por pino. 

    Cabe ressaltar que todos os adolescentes identificados já foram apreendidos em procedimento junto à Vara da Infância e Juventude da Comarca de Petrópolis. Já as cargas de cocaína de R$ 40,00, R$ 60,00 e de R$ 100,00 (valor de cada pino) eram entregues aos quatro homens que foram presos em setembro.

    “A operação foi muito bem-sucedida. Seguimos investigando para efetuar as prisões dos que ainda estão foragidos. Os celulares que estavam com as pessoas detidas nessa segunda fase da operação também foram apreendidos, o que é importante para o seguimento do trabalho da polícia. A operação segue agora para a conclusão”, disse a drª Juliana Ziehe.

    Segundo o chefe do setor de Entorpecentes da 105ªDP, Renato Rabello, os resultados são satisfatórios. “O apoio dos policiais do serviço reservado da PM, comandados pelo tenente Senna, foi fundamental para o sucesso da operação”, afirmou.



    Gravações: emboscada para matar policiais civis

    As gravações obtidas através da quebra do sigilo telefônico mostraram ainda que Dourado estava articulando uma emboscada com a intenção de matar policiais civis da 105ªDP e do setor reservado da PM.

    “A intenção dele era de promover uma emboscada no pátio da delegacia com a intenção de atingir os policiais. Por isso, a Polícia Civil teve que atuar com agilidade no processo, para evitar qualquer tipo de dano. As informações obtidas também deram conta que esse mesmo traficante está tentando se estabelecer em outras comunidades, como Alemão e Atílio Maroti”, contou a delegada.


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