• Operação contra organização criminosa em Itaipava resulta em dois presos e dois foragidos na Europa

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  • 17/02/2020 17:00

    A Secretaria de Polícia Civil, por meio da 106 ª Delegacia de Polícia, em Itaipava, em parceria com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), cumpriu na manhã desta terã-feira (18) a prisão de dois dos cinco membros de uma família acusados de integrar uma organização criminosa que lesou o Lage Country Clube. Foram presos o policial civil aposentado Fábio André de Siqueira Ribeiro e sua esposa, Cláudia Nunes Ribeiro. Também havia um pedido de prisão para a mãe de Fábio, Célia Moura Ribeiro, mas por problemas de saúde será solicitada a substituição por um pedido de prisão domiciliar ou outras medidas cautelares. A filha de Fábio, Luana Paes Loureiro, e o marido dela, Julio César Regoto Fonseca, que estão na Europa, são considerados foragidos.

    Armas e munições apreendidas durante operação. Foto: Divulgação

    Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Itaipava e em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Na ação foram apreendidas armas de fogo e munição, além de jóias.

    O grupo é acusado de se alternar na direção do Lage Country Club, localizado em Itaipava, de onde praticavam crimes como estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. A ação ocorre em Itaipava e em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

    Cumprimento de mandados de busca e apreensão em Itaipava. Foto: Divulgação

    A investigação apontou que quase metade dos sócios realizaram denúncias contra o grupo, que se recusava em prestar contas da situação financeira do clube. Pelas regras estatutárias do Lage Country Club, as contribuições dos sócios, doações, juros, renda da venda de materiais e da exploração dos serviços contratados, além de outras receitas eventuais, eram de propriedade da associação. Entretanto, a organização criminosa usava o dinheiro para interesses próprios. 

    Ainda segundo o apurado, apenas um dos sócios investigados chegou a movimentar na conta pessoal dele aproximadamente R$ 4 milhões. Na conta bancária da quadrilha foram encontrados depósitos de cerca de R$ 198 mil oriundos do Lage Country Club e saques no total de  R$ 1 milhão da conta do clube. 

    Entenda o esquema

    De acordo com as investigações feitas pela polícia, para se manter sempre na diretoria do clube, o grupo elegia, em assembleia, integrantes do conselho deliberativo que não haviam se candidatado ou que já não eram mais sócios, sem que as pessoas eleitas soubessem, funcionando como uma espécie de “laranjas”. Os cargos eram importantes para eles porque, dessa forma, podiam se eleger e, em seguida, aprovar suas contas sem que houvesse questionamentos. 

    Os crimes praticados

    Ainda segundo a Polícia Civil, o grupo buscava se manter na direção do clube e obter vantagem, induzindo outros sócios a acreditarem que estavam agindo de forma lícita. Os criminosos mantinham registros de pagamentos de funcionários que nunca trabalharam no Lage, mas que prestavam serviços particulares aos fraudadores. Além disso, os investigados tinham plano de saúde bancado pela verba da associação e adquiriam bens de luxo. Outro crime praticado pelo bando foi a apropriação do dinheiro da venda de um imóvel pertencente ao Lage, bem como a renda do aluguel das instalações do estabelecimento.

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    *Atualizado às 11h08

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