
Operação contra o narcotráfico na Região Serrana resulta na prisão de 12 pessoas, entre elas um assessor especial da Prefeitura de Petrópolis
*Atualização às 8h26 para inclusão de informações
Policiais civis da 106ª DP (Itaipava) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, deflagraram, nesta quinta-feira (02), a maior operação contra o tráfico de drogas na Região Serrana.
Na segunda fase da “Operação Asfixia”, os agentes estão nas ruas para cumprir 18 mandados de prisão contra narcotraficantes ligados à facção criminosa Comando Vermelho atuantes, principalmente, em Petrópolis. Além disso, cerca de R$ 700 mil em bens da organização criminosa foram bloqueados, atingindo o patrimônio usado para sustentar as atividades ilícitas.
Segundo a Polícia Civil, 12 mandados de prisão foram efetuados em Petrópolis, mas 11 foram cumpridos, já que um dos envolvidos acabou fugindo. Entre os presos, está o assessor especial da Prefeitura de Petrópolis, Robson Esteves, que atuava na Secretaria de Serviços e Ordem Pública. A Prefeitura informou que não tinha conhecimento sobre qualquer atividade ilícita praticada pelo servidor, que atuava na pasta há alguns anos. O município acrescentou que após tomar conhecimento da gravidade dos fatos, o assessor foi exonerado.
As investigações identificaram 55 envolvidos no esquema, e revelaram que o líder da organização criminosa, seu braço direito e outros comparsas estão escondidos no Parque União, no Complexo da Maré, onde também há diligências. Eles são responsáveis por coordenar a logística de transporte dos entorpecentes. O material ilícito é transportado da capital para a Região Serrana, sendo redistribuído em diferentes áreas de Itaipava, cada qual sob a responsabilidade de gerentes locais.
De acordo com os agentes, o grupo também exercia o controle territorial e aplicava regras violentas à comunidade, impondo medo e repressão a quem se opunha à facção.
A apuração também demonstrou a atuação de um policial militar que recebia pagamentos para repassar informações sigilosas à facção. Ele também facilitava a logística do tráfico e expunha a atuação de outros policiais, agindo como aliado dos criminosos. As diligências que levaram à captura dele contaram com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
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