• Opas vê quadro ‘preocupante’ da covid no Brasil e pede reforço em medidas

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  • 10/03/2021 14:11
    Por Estadão Conteúdo

    Diretora-geral da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne voltou a alertar nesta quarta-feira, 10, durante entrevista coletiva virtual, para a gravidade do quadro da pandemia da covid-19 no País. “Estamos preocupados com a situação no Brasil”, disse ela, qualificando o quadro como “um lembrete sóbrio da ameaça de ressurgência” do vírus. Ettiene citou o Estado do Amazonas como região que “sofre especialmente”, diante de uma nova cepa em circulação. Segundo ela, é importante neste momento monitorar os dados e “deixar a ciência guiar as ações” no combate à pandemia.

    Gerente de Incidente da Opas, Sylvain Aldighieri citou números recentes da pandemia no Brasil, com recordes recentes de mortes, e lembrou que 12 Estados reportam taxa de ocupação de UTIs acima de 85% nas últimas duas semanas. Ele alertou para o aumento dos casos e das mortes pela doença no País e também para a maior ocupação dos leitos para tratamento intensivo. “Neste contexto de tendências crescentes pelo país, a Opas recomenda fortemente a implementação de medidas de saúde pública” já comprovadas para conter as transmissões, afirmou Aldighieri.

    Etienne, por sua vez, disse também que os Estados Unidos, o Canadá e o México registram queda nas infecções por covid-19. Paraguai, Uruguai e Chile reportaram aumento de casos, enquanto Peru e Bolívia “finalmente estão vendo declínio”, apontou.

    Segundo a Opas, mais de 130 milhões de pessoas já receberam ao menos uma dose da vacina contra a covid-19 nas Américas, até esta semana. O diretor assistente da Opas, Jarbas Barbosa, contudo, advertiu que “ainda levará um tempo” para as vacinas controlarem o quadro. Ele citou projeções de especialistas segundo as quais seria necessário vacinar 70% da população para se conseguir a chamada imunidade de rebanho.

    Nesse contexto, a Opas tem insistido para que se mantenham medidas como o distanciamento social e o uso de máscaras, para evitar disseminar mais o vírus. Barbosa disse que o principal objetivo do imunizante neste momento é salvar vidas, por isso a importância de se aplicá-la primeiro nos grupos mais vulneráveis, como os idosos e os profissionais de saúde.

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