• Onze policiais militares acusados de integrarem organização criminosa são alvos de operação do MPRJ

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  • 26/05/2022 09:16
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Onze policiais militares acusados de integrarem organização criminosa são alvos, nesta quinta-feira (26), da Operação Mercenários, realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em parceria com a Corregedoria da Polícia Militar. De acordo com a denúncia, eles são acusados pelos crimes de corrupção, tortura, peculato e concussão. Além das prisões, estão sendo cumpridos 35 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pelo Juízo da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

    As investigações tiveram início a partir da análise de dados do aparelho celular de Adelmo Guerini, apreendido durante a operação Gogue Magogue, realizada em agosto de 2020 para desmantelar um grupo miliciano que explorava o serviço de mototáxis na comunidade Asa Branca, em Jacarepaguá. A partir dos dados extraídos do aparelho, foi constatado que policiais militares lotados no GAT (Grupamento de Ações Táticas), do 24º Batalhão da Polícia Militar, e na P2 (Seção de Inteligência da Polícia Militar) do 21º BPM, se aproveitavam da função desempenhada nos batalhões e integravam organização criminosa para cometer os crimes.

    Adelmo e os denunciados Mário Paiva Saraiva, Antonio Carlos dos Santos Alves, Denilson de Araújo Sardinha, Weliton Dantas Luiz Junior, Francisco Santos de Melo, Marcelo Paulo dos Anjos Benício e Vitor Mayrinck, integravam a equipe Delta do GAT do 24º Batalhão da Polícia Militar, aliando-se para obter vantagens indevidas, através de acertos de propina com criminosos, em especial traficantes. Quando o acerto não era realizado, os denunciados realizavam atos de violência, através de extorsões, torturas e homicídios, além de desviar parte ou a integralidade de materiais ilícitos apreendidos que, muitas vezes, sequer eram apresentados à autoridade policial.

    Em fevereiro de 2020, André Araújo, então subcomandante do 24º BPM assumiu o comando do 21º BPM, levando consigo parte do grupo para formar a P2 do 21º BPM, cujo chefe era Anderson Orrico. A partir deste momento, segundo a investigação, o esquema criminoso existente no GAT do 24º BPM foi copiado e implementado no 21º BPM, com seus integrantes passando a contar com informantes e arrecadadores de propina. Com isso, passaram a fazer parte da organização criminosa outros cinco policiais militares: Marcelo Leandro Teixeira, Oly do Socorro Biage Cei de Novaes, William de Souza Noronha, Fabiano de Oliveira Salgado e Thiago Santos Cardoso.

    Atualmente, André Araújo comanda o 15º BPM, sendo Anderson Orrico o chefe da P2 do mesmo Batalhão. Mario Paiva Saraiva, Antônio Carlos dos Santos Alves e Denilson Sardinha integram o GAT do 15º BPM.

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