Um ônibus da viação Cascatinha quebrou e bloqueou a saída de noivos, que tinham acabado de celebrar a festa de casamento, no Vale dos Esquilos. O caso aconteceu no último sábado (20) e a via ficou impedida por mais de três horas. No domingo (21), novamente o bairro ficou sem atendimento após mais uma quebra.
Com todos os problemas registrados, moradores aguardam a licitação que será realizada nesta quarta-feira (24) para as linhas atualmente atendidas pela Cascatinha. Já passageiros da Petro Ita, continuam a enfrentar problemas em diversas regiões, como Caxambu e Meio da Serra, sem previsão de melhora.
A reportagem apurou que uma das convidadas do casamento de sábado (20) era gestante e também ficaria impedida de receber socorro, já que nem motocicletas conseguiam passar pelo bloqueio do ônibus. O veículo teria quebrado por volta de 19h30 e os noivos só conseguiram sair do local à 0h.
Os problemas do transporte público no bairro, no entanto, são comuns. Na quebra de domingo, por exemplo, voltou a causar transtornos no trânsito ao apresentar falha mecânica na ponte do Retiro.
“No sábado, se alguém passasse mal e precisasse de atendimento, ia morrer, porque nem moto dava para passar, menos ainda ambulância. Estamos na esperança que apareça alguma empresa interessada na licitação. É a nossa única saída”, relatou a moradora Loraine Maia.
Petro Ita também causa problemas
Nesta segunda-feira (22), véspera de feriado, moradores voltaram a enfrentar complicações também nas regiões atendidas pela Petro Ita. Nas redes sociais, foram relatadas quebras dos coletivos que atendem ao São Sebastião, Meio da Serra e Lopes Trovão.
No Caxambu, os passageiros da linha 470 – Santa Isabel também relatam que estão cansados com o descaso do transporte público. Por mais de três horas, os moradores ficaram sem o atendimento adequado do bairro neste início de semana.
“Hoje (segunda-feira) pela manhã, mais uma vez sofremos com falta de ônibus na nossa região do Santa Isabel. Ficamos desde 9h sem os dois ônibus e tiveram que tirar de uma linha para suprir a nossa. Mesmo assim, só deu uma viagem e foi fazer a linha dele. Ficamos até 12h30 esperando vir outro para descer para a cidade. É todo dia a mesma história e mesma palhaçada”, relatou um morador.
O que dizem os órgãos
Nas últimas semanas, as empresas de ônibus não têm respondido aos questionamentos acerca do transporte público. O mesmo acontece com a CPTrans, que, na prática, deveria fiscalizar a operação dos coletivos. A reportagem procurou os órgãos novamente, no entanto, mais uma vez as entidades preferiram o silêncio.