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Com as crescentes ondas de calor, muitas pessoas ficam em dúvida sobre como lidar com os pets, que também sofrem e podem vir a óbito. Alguns casos acontecem porque pessoas deixam ou esquecem os animais em carros fechados para uma rápida saidinha, o que é totalmente reprovado por profissionais veterinários e pode ser considerado maus-tratos e crime. Entretanto, mesmo que o animal não seja mantido em situação extrema, a possibilidade de hipertermia deve deixar tutores em alerta.
A hipertermia é o aumento da temperatura corporal do cachorro e pode levá-lo à morte. É preciso prestar atenção a sintomas como respiração ofegante, língua e gengivas avermelhadas ou em tons de lilás, salivação intensa, fraqueza, desmaios e convulsões, nos casos mais graves, sendo indicado procurar uma emergência veterinária. O cuidado deve ser redobrado em raças também conhecidas como braquicefálicas, que são cães com focinho achatado, como pug, buldogue francês ou inglês, dogue de bordeaux, shih tzu e boxer. Em caso de animais de pelo médio e longo, a preocupação é mantê-los bem tosados durante todo o período.
De acordo com a médica veterinária, Priscila Mesiano, da Clínica Amigo Bicho, é recomendável como prevenção alguns passos básicos como: “Não utilizar roupinhas nos pets, deixar vários potes de água sempre fresca pela casa, resfriar o ambiente onde está o animal com ventilador ou ar condicionado, nunca passear com os animais nos horários de pico do sol, como das 10h às 16h, porque pode causar ferimentos nas patas dos animais devido ao solo muito quente. Mesmo fora deste horário, é preciso verificar a temperatura do chão antes de sair com o peludo. Uma dica para refrescar é colocar pedacinhos de fruta como banana, morango, kiwi, melancia ou maçã (sem caroço) em forminhas de gelo, cobrir com água de coco ou filtrada, colocar para congelar e servir para cães e gatos”, destaca.
Para animais brancos, a preocupação é com o câncer de pele. Sejam albinos (sem melanina, com olhos claros e focinhos rosados) ou não albinos (com melanina, com nariz e olhos escuros), é importante o uso de protetor solar. Os raios ultravioleta do sol são altamente danosos ao DNA da camada mais superficial da pele de animais muito claros. O carcinoma espinocelular é um dos tumores malignos mais frequentes nos gatos e o segundo mais frequente nos cães, depois do mastocitoma (nódulo com aparência de caroço).
Para facilitar a vida de muitos tutores, o mercado veterinário tem uma série de novidades que pode deixar o dia a dia do animal bem mais fácil ao longo da estação.
“Existem tapetes gelados, bebedouros com suporte de gel que podem ser deixados no congelador por algumas horas, o que vai manter a água fresquinha para o animal por bastante tempo e até coletes refrescantes para vestir no bichinho”, garante.
O calor facilita também a proliferação de pulgas e carrapatos, que além de provocar desconforto no animal, transmitem doenças que podem levar os animais à morte. Por isso, é fundamental que cães e gatos estejam com os antiparasitários em dia. Os medicamentos podem ser encontrados em forma de comprimidos mastigáveis, pipetas e até coleiras. Cabendo a cada proprietário escolher a apresentação mais adequada, de acordo com a durabilidade e preço.
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