Onças são filmadas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos durante a quarentena
Desde o início da quarentena no Estado do Rio de Janeiro provocada pela pandemia do Covid-19, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso) já fez registros de animais andando tranquilamente pelas trilhas. Foram três flagrantes de onças-pardas (Puma concolor) – incluindo mãe e filhote caminhando pela mesma trilha -, vários de cachorros-do-mato (Cerdocyon thous), além de outros animais, como gato-do-mato (Leopardus sp), irara (Eira barbara) e furão (Galicitis cuja). Segundo a administração do parque eles foram vistos em trilhas que normalmente recebem entre 500 e 1000 pessoas por mês e que agora estão desertas.
Com as restrições impostas pelos governos municipais e Estadual do Rio, parques e pontos turísticos estão fechados para visitações desde o mês de março. Sem a movimentação de centenas de pessoas, diariamente, nesses locais, os animais estão se sentindo mais “a vontade” para fazer as caminhadas sem a presença humana.
Desde 2010, o Parque monitora a ocorrência de mamíferos com auxílio de armadilhas fotográficas (máquinas fotográficas digitais com sensores térmicos e de movimento que, instaladas pelos biólogos nas árvores, são acionadas quando animais de médio e grande porte passam próximos a elas). O trabalho é feito pela analista ambiental Cecília Cronemberger de Faria, que após o fechamento do parque vem instalando armadilhas fotográficas também nas trilhas mais utilizadas pelos visitantes, que, agora, estão vazias.
”A fauna silvestre parece estar aproveitando a maior ‘privacidade’ e vem desfilando com maior frequência pelas trilhas, sob o olhar atento das lentes das armadilhas”, destacou o parque nas suas redes sociais. O Parnaso engloba três cidades: Petrópolis, Teresópolis, Magé e Guapimirim. São 2.024 hectares da unidade de conservação que é subordinada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do governo federal.
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