Onça parda é flagrada em parque do Inea no Norte Fluminense
Uma onça-parda foi flagrada no interior do Parque Estadual do Desengano, unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e localizada no Norte Fluminense. As imagens do animal, um macho adulto, foram registradas por uma armadilha fotográfica instalada em área do parque, no dia 4 de abril, com o objetivo de realizar o acompanhamento da fauna local.
O monitoramento de mamíferos de médio e grande portes do Parque Estadual do Desengano, que fica entre as cidades de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, é desenvolvido pelo biólogo e pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Rodrigo Paulo da Cunha Araújo, parceiro do Inea. Esse projeto de pesquisa faz parte da Rede de Pesquisa em Biodiversidade da Mata Atlântica (PPBio Mata Atlântica).
“A presença de um animal que é topo da cadeia alimentar, como a onça parda flagrada no Parque do Desengano, mostra que o ambiente da unidade de conservação encontra-se saudável”, destacou o gestor da unidade de conservação, Carlos Dário.
Com 22.400 hectares de área de Mata Atlântica, o Parque Estadual do Desengano está localizado no Norte Fluminense e foi criado com o objetivo de preservar um expressivo número de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção da flora local. A unidade de conservação é reconhecida internacionalmente como uma IBA (Important Bird and Biodiversity Area), ou seja, uma área prioritária para conservação da biodiversidade de aves, pela BirdLife International.
Rebio Araras fez registros de Onça Parda, Gato Maracajá e Gato do Mato Pequeno em 2021
A Reserva Biológica Estadual de Araras também fez registros de felinos neste ano. Além da Onça Parda, segundo maior felino do Brasil, Gato Maracajá e o Gato do Mato Pequeno foram flagrados dando uma voltinha pelos limites da reserva.
O Inea destaca, que a importância da preservação da Onça Parda, se dá pelo fato de se alimentarem de uma grande variedade de animais menores controlando, assim, suas populações e contribuindo para a manutenção e equilíbrio das florestas. O felino, que já tem baixa população naturalmente, é uma espécie ameaçada pelo avanço da ação humana sob o habitat onde vive.