• Olivier Rousteing celebra uma década à frente da Balmain com supershow em Paris

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  • 02/10/2021 08:35
    Por Alice Ferraz / Estadão

    Em 2011, Olivier Rousteing foi anunciado como diretor criativo da Balmain e ganhou as manchetes da mídia especializada imediatamente. Profissionais do meio e apaixonados por este universo queriam desvendar e entender tudo sobre o garoto prodígio de apenas 24 anos que havia se tornado o mais jovem a assumir o cargo principal de uma grande marca de moda em Paris desde Yves Saint Laurent, que assumiu a Dior aos 21. Adotado por um casal francês, Olivier começou sua vida como órfão em Bordeaux, estudou na École Supérieure des Arts et Techniques de la Mode, na capital, e trilhou sua ascensão meteórica no mercado, se tornando a primeira pessoa negra a comandar uma casa tradicional de moda francesa. Até hoje, dez anos depois, Olivier é nome cativo nos eventos mais importantes, nos figurinos de celebridades e sucesso absoluto nas mídias sociais.

    Nativo do mundo digital, o francês navegou com maestria pela web e criou uma poderosa plataforma para impulsionar sua moda. Em um momento em que o mercado clamava por representatividade, inclusão e por uma sensação de pertencimento na moda, Olivier teve uma sacada de mestre e montou seu “Balmain Army”, exército Balmain em português. O termo, que atualmente conta com milhares de menções em plataformas como Instagram, Twitter e Tik Tok, uniu os clientes e fãs da marca sob um guarda-chuva, deu nome ao estilo do diretor criativo e se tornou uma assinatura. A diversidade nas passarelas da Balmain é um hábito há anos, no documentário Wonder Boy, da Netlifx, Olivier mostra seu dia a dia e comenta: “Meu casting é normal, estamos em 2017 (época das gravações) a diversidade deveria ser uma regra. Vocês deveriam perguntar para as outras marcas por que eles não mostram essa diversidade”.

    Balmain é pop, no mais puro sentido da palavra. Sediada em Paris – o berço da moda, onde os desfiles e apresentações das marcas nasceram com caráter exclusivo, reservados para poucas pessoas e acompanhados por uma aura de mistério -, a marca mudou completamente o jogo, trouxe diversidade para a passarela e povoou o sonho de fashionistas do mundo todo. É exatamente isso que o diretor criativo celebra ao completar uma década à frente da Balmain. Em seu show de quarta-feira passada – sim um show e não apenas um desfile – tudo transbordou e a mensagem que já era clara agora está marcada na história.

    O evento reuniu o habitual público da moda, jornalistas, celebridades, influenciadores… Mas também contou com uma área reservada ao público em geral, 6 mil pessoas para ser mais exata, nesta temporada a Balmain está em festa! E como toda comemoração, não poderiam faltar os convidados ilustres. Beyoncé estava presente com sua voz que ecoou pelo salão e que levou o público à loucura; “Olá, Olivier, é a Beyoncé. Você me ajudou a fazer meu marco musical, a amplificar minha mensagem. Suas criações me fazem sentir poderosa, obrigada. A Balmain é sua ferramenta maravilhosa, para a beleza e para a mudança.”

    Quando o assunto é moda, o que vimos na passarela desta temporada na Balmain é fresco, contemporâneo e em conexão perfeita com os desejos dos tempos atuais. As roupas trazem a sensualidade e a vontade de liberdade que temos observado durante o mês, os sapatos são acolchoados e macios, para trazer conforto e a opulência e glamour das criações, com muito dourado, metais e bordados, nos trazem para o universo próprio em que a Balmain vive durante os últimos 10 anos.

    No final do desfile ainda chega um bônus, Naomi Campbell abre a leva de uma coleção cápsula que recria os maiores hits do tempo de Olivier na Balmain e aqui o luxo reina absoluto vestido por nomes como Milla Jovovich, Mariacarla Boscono e Precious Lee, a terceira uma modelo plus size que está entre os nomes mais quentes do momento. Bravo, Olivier!

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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