• Oitavo mandamento II

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  • 28/07/2017 12:00

    “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.” (Êxodo 20.16)

    “Não fale mentiras a respeito do próximo.” (Catecismo Menor)

    De resto, sua abrangência (deste mandamento) é bem maior. 

    No âmbito religioso, todo mundo está prestando falso testemunho contra seu próximo. Cristãos e pregadores autênticos são considerados hereges, renegados, até mesmo bandidos subversivos e irrecuperáveis! A palavra de Deus é perseguida da maneira mais infame e maldosa, é blasfemada, acusada de mentirosa, além de ser pervertida, distorcida e mal interpretada. O mundo é cego, a verdade e os filhos de Deus ele persegue e manda para o inferno, não se importando com pecado algum!

    O terceiro aspecto deste mandamento toca a nós todos. Ele proíbe o pecado da língua, com o qual podemos prejudicar ou comprometer nosso próximo por meio de mentiras e comentários maldosos. Entra aqui o deplorável e infame vício da fofoca e calúnia, onde é o diabo que está montado em nós. Trata-se de uma praga perniciosa generalizada: todo mundo prefere ouvir coisas ruins sobre o próximo, não comentários positivos.

    Nós mesmos somos maus: não suportamos que falem mal de nós; todo mundo gostaria que todos fizessem comentários lustrosos a seu respeito. Mas não gostamos de ouvir comentários muito positivos sobre outras pessoas. 

    Por isso devemos aprender a evitar esse vício; ninguém tem a incumbência de criticar e censurar abertamente a seu próximo, mesmo que o veja pecando.

    Não tem problema você saber do pecado, mas você não deve julgá-lo. Não tem problema eu ver e ouvir o próximo pecando, mas fazer comentário sobre outras pessoas não é da minha alçada. Sair julgando e condenando um pecado é pecado maior do que o primeiro.

    Essas pessoas são as fofoqueiras, que não se limitam a saber, mas saem julgando e, quando ficam sabendo de um pequeno detalhe a respeito da outra pessoa, espalham por todos os cantos, ficam se fazendo cócegas e se excitando por conseguirem despertar a indignação das outras pessoas, como porcos, que ficam chafurdando e fuçando na bosta. Isso nada mais é do que interferir no juízo e na competência de Deus, julgando e punindo com a mais rigorosa sentença. 

    Pois não existe sentença pior do que dizer: fulano é ladrão, assassino, traidor.

    Por isso, quem se atrever a dizer uma coisa dessas sobre o próximo estará interferindo na competência do imperador e de todas as autoridades. Você não porta a espada (isto é, não tem a incumbência de punir) e estará usando sua língua peçonhenta para prejudicar e desmoralizar o próximo.

    Por isso Deus quer que se impeça que uma pessoa fale mal da outra, mesmo que ela tenha procedido mal; pior ainda quando a gente não tem certeza, apenas ouviu dizer.

    Se você não tem a coragem de se apresentar às autoridades competentes e responder pelo que diz, então cale a boca! E se você estiver sabendo de alguma coisa, guarde para si, não para outros. Pois se você contar, ainda que seja verdade, você ficará um mentiroso, porque não consegue provar. Você ainda dá uma de canalha, porque não se deve tirar a honra nem a reputação de ninguém, a não ser que já tenha vindo a público antes.

    Nada que não se possa provar o suficiente se deve revelar nem dar como verdadeiro. O que é secreto deve ser deixado em segredo, ou repreendido em segredo. Se você se deparar com uma boca que não tem o que fazer, expondo e caluniando outra pessoa, não hesite em abordá-la a quatro olhos, para que fique corada de vergonha. Então as pessoas vão calar a boca, em vez de jogar um pobre coitado na sujeira, da qual ele dificilmente consegue sair. Tirar a honra e a reputação é fácil, difícil é repô-las!

    Assim você vê que é sumariamente proibido falar mal do próximo, exceto para a autoridade civil, pregadores, pais e mães. 

    As autoridades, pai e mãe, inclusive irmão, irmã e bons amigos em geral têm o dever recíproco de repreender o mal, quando necessário.

    Conheça a Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis. 

    Avenida Ipiranga, 346.

    Cultos todos os domingos às 9h. Tel. 24.2242-1703

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