Oficina que auxilia idosos no uso de smartphones movimenta o Centro de Cultura
Aos 95 anos, o ex-vereador Osmany Rodrigues, agora, está conectado ao mundo dos smartphones. Ele esteve entre os primeiros alunos da oficina recém criada no Centro de Cultura Raul de Leoni que ajuda idosos no uso das tecnologias móveis. As primeiras turmas foram formadas nesta quarta-feira (29), mas o projeto, que é gratuito, continua uma vez por semana, sempre as quartas, das 9h às 12h. Através de uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento e o Instituto Municipal de Cultura e Esportes (IMCE), o projeto “Quem meus avós beija minha boca adoça” busca reforçar ou resgatar a autonomia das pessoas na terceira idade.
“Meu aparelho é novo, meu sobrinho trouxe pra mim de fora e vim para aprender a usar. O projeto ajudou”, destacou Osmany, que levou o aparelho ainda na caixa. Assim como ele, a aposentada Maria Helena de Oliveira, de 80 anos, também chegou cedo e esteve entre as primeiras turmas da oficina. “Já sei fazer bastante coisa, mas algumas ainda não. Por exemplo, não sei encaminhar uma mensagem que recebi. Às vezes os filhos e os netos estão ocupados e não podem ensinar. Então achei muito legal a oficina”, disse.
A ideia do projeto é da aposentada Djanira de Oliveira Viveiros, que pensando na dificuldade da terceira idade no uso das tecnologias móveis, decidiu buscar parcerias para oferecer uma espécie de capacitação gratuita aos idosos. “E está sendo maravilhoso este primeiro dia. Só de ver a alegria e a satisfação dos idosos que estão saindo daqui já está valendo”, explica.
A oficina conta com três estagiários do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento que auxiliam os idosos participantes. Mas o projeto também está em busca de voluntários que possam agregar ainda mais as aulas com mais informações.
“É muito importante que a gente consiga ocupar o Centro de Cultura também com o público da terceira idade. Temos aqui o Coral Pró Tempore, formado por idosos, e essa oficina é mais uma opção para estimular a autoestima dessas pessoas. Estamos muito felizes de podermos construir com o projeto”, frisa o diretor-presidente do IMCE, Marcelo Florencio. “A oficina superou as expectativas, recebemos mais de 30 pessoas neste primeiro dia”, completa Leonardo Sindorf, assessor técnico (Coordenador dos Cids) da Secretaria de Desenvolvimento.
As inscrições para a oficina podem ser feitas no próprio dia, por qualquer pessoa. Vale lembrar que elas acontecem no térreo do Centro de Cultura, onde funciona a administração do IMCE. Para as oficinas, os idosos precisam levar apenas os seus celulares. Além da dificuldade com aplicativos de mensagem, as aulas deverão tirar dúvidas sobre o uso de outras ferramentas que podem ser de grande utilidade para a terceira idade, como aplicativos de transporte urbano ou operações bancárias.