Ocupação da Escola Estadual Dom Pedro II completa nove dias
A ocupação da Escola Estadual Dom Pedro II, antigo Cenip, completa hoje nove dias e os estudantes que ocuparam o colégio se manifestaram contra as declarações dos alunos contrários ao movimento. Segundo os ocupantes, 500 estudantes do colégio assinaram a pauta a favor do manifesto que está em busca de melhores condições na educação e na infraestrutura das escolas. A ocupação tem por objetivo a volta imediata das aulas e o apoio aos professores grevistas.
A presidente da Associação Petropolitana dos Estudantes (APE), Carolina Chiavazzoli, procurou a Tribuna hoje para esclarecer as acusações feitas pelos estudantes contrários à ocupação do colégio. Ela apresentou uma declaração do curso pré-vestibular Ápice, que comprova sua posição de estudante. “É uma situação complicada, pois marcaram de fazer uma reunião na Praça da Águia e quando chegamos lá mudaram o local para o cineteatro. A reunião foi fechada, tentei entrar com um aluno da escola e me barraram na porta. Fui agredida por uma guarda civil e isso foi muito estranho”, conta.
Para desocupar o colégio e voltarem para suas casas, Caroline contou que o contato com a Coordenadoria de Educação do Estado – Serrana está sendo esperado. “Estamos lutando pelas eleições de diretor, pois ninguém está satisfeito em dormir no chão, mas os estudantes estão prejudicados. O governo precisa valorizar a educação. A desocupação depende da conversa com o presidente da Serrana. Identificamos melhorias reais, os assuntos discutidos são de interesse comum e as ações são voltadas para o 3° ano do ensino médio, pois não queremos paralisar a escola e temos uma regra de convivência e um comitê de educação. O poder de pertencimento e os trabalhos em conjunto nos fazem perceber o quanto é difícil gerir uma escola. Acho que na volta das aulas todos terão mais consciência dos seus atos”, contou Caroline.
As declarações do estudante identificado como presidente do grêmio estudantil também foram questionadas, já que, segundo Ivan Rodrigues, aluno do Dom Pedro II e diretor do grêmio da APE, ele não é matriculado na escola. “O grêmio do Dom Pedro não tem presidente, pois está com gestão vencida, além de o antigo gestor não pertencer mais ao alunado do colégio”, diz.