Obras em escola municipal de Itaipava estão paralisadas há um ano
Os professores e pais dos alunos da Escola Municipal Celina Schechener, na Estrada das Arcas, em Itaipava, denunciam as péssimas condições do local. Telhas, rachaduras, goteiras, mofo, entre outros problemas já são parte da rotina dos estudantes. A crise na unidade não é novidade. Em maio de 2016 uma obra, orçada em mais de R$ 459 mil, começou a ser realizada com o intuito de reformar o espaço. Mas após alguns meses o trabalho parou e até hoje as crianças aprendem a ler a escrever em salas sem a menor infraestrutura.
Diante dos riscos o corretor de imóveis Roberto Rezende entrou com uma denúncia no Ministério Público, para que a obra nunca finalizada seja investigada. A intervenção começou em maio do ano passado com previsão para terminar em novembro de 2016, mas em setembro ela já havia sido paralisada com menos de 10% do novo empreendimento construído. Este ano a secretaria de educação foi acionada em diversas ocasiões para que a obra fosse retomada, e a escola atual reformada. Mas segundo a professora aposentada Mariluci Bareco o município informou que não há previsão de revitalização no local.
“Meu afilhado de 13 anos estuda lá e fico muito preocupado pela segurança dele. Moro ao lado da escola e vejo o absurdo que é a falta de manutenção. Como se não bastassem todos os problemas que já existiam o esqueleto do novo prédio, que nunca terminou, ainda está fazendo sombra na construção antiga provocando ainda mais infiltrações e mofo. O local não pega mais sol! As crianças estão sendo muito prejudicadas”, disse indignado.
Para Mariluci Bareco, que lecionou na escola por mais de 20 anos, a situação está insustentável. “São crianças desde a educação infantil ao ensino fundamental incluindo os que possuem necessidades especiais. Além disso, turmas foram fechadas e os alunos realocados em outras salas da escola por falta de estrutura. Isso prejudica o ensino deles, ainda mais quando se trata de crianças que precisam de mais atenção por serem especiais”, disse revoltada.
Outro ponto destacado pela professora é que o local não tem pátio recreativo. Além disso, com a proximidade do período de chuvas fortes a preocupação redobram, tendo em vista que em março deste ano o local ficou inundado após um temporal.
Segundo o município a Secretaria de Educação entrou em contato em março com a empresa que era a responsável pela obra para viabilizar a retomada dos trabalhos. A empresa, no entanto, se recusou a retomar a obra.
Conforme orienta a legislação nestes casos, a empresa que ficou em segundo lugar na licitação foi convocada para assumir a obra e dar continuidade ao projeto. Os documentos necessários para a retomada das obras estão em andamento. A Secretaria de Educação está empenhada em ultrapassar a barreira burocrática para que a unidade tenha a obra finalizada.
Centro de Educação Infantil Professora Dora Killer, no Cremerie, também apresenta problemas
Inaugurado em 2014, o Centro de Educação Infantil Professora Dora Killer, no Cremerie, que atende a 75 crianças de até 3 anos, já apresenta sinais de deterioração. A denúncia foi feita pela presidente da Comissão de Defesa da Educação e dos Servidores Públicos da Câmara, vereadora Gilda Beatriz, após uma fiscalização feita na unidade, acompanhada por representantes da Secretaria Municipal de Educação.
“A falta de um toldo orçado em R$ 4 mil, causou prejuízos ao prédio que hoje está mofado em diversos espaços. Além da umidade e os problemas que podem gerar para a saúde das crianças e profissionais, e de poças d’água formadas a cada chuva, os alunos perdem o espaço de acordo com as mudanças no tempo. Infelizmente, os profissionais transitam entre o refeitório e as salas com dificuldade em dias chuvosos. Estamos falando sobre crianças, por isso, todo cuidado é pouco”, diz Gilda Beatriz, lembrando que o piso externo também precisa de cuidados.
Foram conferidos o estoque de merenda – que estava completo –, o refeitório, salas, biblioteca, pátio, depósito, escadaria e material escolar disponível.
“O Centro de Educação Infantil é ótimo, a equipe é carinhosa e dedicada. Mas essa unidade jamais poderia ter sido entregue incompleta, desperdiçando dinheiro público, já que, em apenas três anos, o prédio já precisa de reforma. Mais uma vez, ficou a conta para o prefeito Bernardo Rossi. Mas tenho certeza que a situação do CEI já está entre as prioridades do governo e estarei ao lado do prefeito e do secretário Anderson Juliano, buscando uma solução para os problemas enfrentados”, disse a vereadora, que estava acompanhada pelas representantes da Secretaria Municipal de Educação, Kelly Cristina Felix Gonçalves Grandi – chefe de Avaliação e Planejamento Pedagógico da Educação Infantil e Marcela de Castro Alves Magrani – Orientadora Escolar do Departamento de Educação Infantil.