• Obras das chuvas podem garantir a reeleição de Bomtempo?

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  • 10/fev 04:10

    Pelas contas apresentadas pela gestão, em dois anos, das 192 obras no total necessárias para a reconstrução da cidade, 115 foram concluídas. Mas, nesta lista entram 33 contenções de margens de rio e ainda 30 contenções de ruas, estragadas pelas chuvas, além de 16 contenções de encostas. Boa parte das obras é de pequeno porte, mas algumas são mais expressivas e todas importantes para dar mais segurança e ar de normalidade a áreas atingidas pelas chuvas. E Bomtempo aparece todos os dias em suas redes sociais mostrando detalhes das obras. A prefeitura diz ainda que tem outras 51 em andamento e 26 em fase de licitação.

    Fadiga de material

    Pode parecer um cenário absolutamente favorável para encaminhá-lo com tranquilidade à reeleição. Porém, (note-se que sempre tem um ou mais poréns) pode não ser assim. Além da exaustão do ‘material Bomtempo’ na linguagem dos marqueteiros, essa ‘informação’ não está chegando a todos os cantos. Outro fator é a insatisfação da população que, obviamente, preferia que as obras tivessem sido feitas antes, prevenindo o desastre de 2022 e as 242 mortes. A própria prefeitura fala que 98 dessas obras são em respostas às chuvas de dois anos atrás. Ou seja, é refazer o destruído. Avançar em melhorias é outra coisa.

    Vereadores lucram mais

    Tanto que ele lançou o Nosso Bairro, programa estilo de mutirão de serviços que todo governo – de centro, direta, esquerda ou qualquer que seja a posição – o faz. Alguns fazem melhor e outros patinam. Mas, o combo de asfalto e limpeza, ainda não decolou. Está fazendo mais bem aos vereadores que ‘indicam’ as localidades do que ao próprio governo Bomtempo.

    A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil lançou a cartilha Defesa do Consumidor, preparada pela comissão especial da OAB que trata do tema. Aqui,  Tarcísio Amorim, Marcelo Shaefer, Denise Nunes e Célio Thomaz, advogados que compõem a diretoria e a comissão de Defesa do Consumidor da OAB e ainda Jorge Badia, coordenador do Procon Petrópolis que palestrou na ocasião sobre a atuação do órgão fiscalizador.

    Vaidade atrapalhando

    A gente falou no domingo passado sobre Petrópolis eleger um Sassá Mutema – uma provocação nossa, mas com muita verdade – e ficamos passados com os comentários dos eleitores de Hingo Hammes e Leandro Azevedo.  A dupla ‘dos sonhos’ para prefeito e vice foi desfeita porque nenhum dos dois topou ser coadjuvante. E tinha muita gente na expectativa da dobradinha e agora terão de escolher ou um ou outro. Pois é. E ambos vão perder.

    ICMS tem outro destino

    Os 288 milhões por ano apurados com uma fatia maior de ICMS acabaram não sendo usados em nenhuma iniciativa da gestão Bomtempo em reduzir o déficit habitacional. Essa semana a gestão Bomtempo concluiu 24 apartamentos no conjunto popular da Posse, obra que rolava desde 2011. E anunciou chamamento público para 170 unidades na Estrada da Saudade. Só e passa a mão no toco.  

    Falando nisso

    Renderam bem os honorários ao escritório carioca Sardinha Associados no caso da ação ganha pela prefeitura – ainda que em caráter liminar – aumentando o repasse anual de ICMS em R$ 288 milhões a mais. De acordo com o contrato feita pela gestão Bomtempo, são 12% do montante mensal a mais a ser pago ao escritório. Em 2022, a prefeitura pagou R$ 5,6 milhões. Já no ano passado foram mais R$ 25,3 milhões. O Tribunal de Contas do Estado já arguiu a prefeitura para que ela explique o contrato.

    Eitaaaaa!

    Já tem orientação aos secretários estaduais do governo Cláudio Castro e seus convidados para que evitem fotos no camarote oficial do governo na Sapucaí. O governo está usando R$ 3 milhões da Fundação de Artes do Estado do Rio, a Funarj, para equipar o camarote no desfile das escolas de samba. A alegação é de que o espaço vai receber convidados do exterior divulgando o Carnaval.

    Quando é legal a gente tem mesmo é que elogiar: olha que capricho o gramado da Praça da Águia, uma parceria público-privada da prefeitura com a Deguste.

    O partido…

    O ex-prefeito Leandro Sampaio anunciou (algumas vezes) que é pré-candidato a prefeito este ano.  Na eleição de 2000 quando tentava permanecer no posto, acabou derrotado pelo então vereador Rubens Bomtempo. A eleição deste ano teria um gostinho (tardio, depois de quatro mandatos de Bomtempo) de revanche.  Mas, qual o partido abrigará Leandro?  O ex-prefeito foi ter uma conversa com o PSDB, mas não rolou. Agora tenta o MDB ainda nas mãos dos poderosos Piccianis.

    …e o vice

    Enquanto busca um partido, Leandro Sampaio também procura um vice. E já teria um papo bem adiantado com o vereador Gil Magno, do Democracia Cristã. Hoje líder do governo Bomtempo na Câmara, Gil era suplente de vereador com 1.249 votos, mas tomou posse já na abertura do período legislativo em 2021, com a morte de Paulo Igor, vítima da covid.

    E não dá?

    E a Câmara de Vereadores recebia repasse anual de cerca de R$ 35 milhões da prefeitura. Dinheiro nosso, inclusive fruto de pagamento de impostos. Com o aumento do repasse de ICMS a parcela da Câmara aumentou para R$ 37,5 milhões todos os anos. E mesmo com essa dinheirama deixaram o Palácio Amarelo, sede do legislativo, chegar aquele ponto de deterioração. Falta de gestão.

    Pior a emenda

    Na época de Hingo Hammes como presidente, levantou-se a possibilidade de alugar um prédio comercial da 16 de Março enquanto se reforma o Palácio, que tem graves problemas no telhado. Mas, Hammes não teve força pra levar adiante a iniciativa porque os vereadores temiam desgaste com a população. E o que aconteceu? Estão no desgaste com o prédio em situação lamentável e tendo alugado um casarão na Barão do Amazonas ao custo de R$ 88 mil mensais.

    Contagem

    E Petrópolis está há 275 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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