• Obra na União e Indústria volta à estaca zero mais uma vez

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 02/02/2017 09:40

    Depois de sete anos, ainda não  foi  cumprida  a  decisão judicial  que  determinou  ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) que  realize  obras  de  recuperação da Estrada União e Indústria, no trecho entre o Palácio de Cristal e Pedro do Rio.O diretor de Infraestrutura Rodoviária  do  órgão  federal, Luiz  Antônio  Ehret  Garcia, disse  ontem  ao  prefeito  Bernardo Rossi, em Brasília, que a  concorrência  pública  realizada  para  cumprir  a  sentença judicial  de  2009  já  não  tem valor  e  que  o  processo  terá de  ser  reiniciado.  O  assunto foi  tratado  em  audiência  que teve a presença do presidente da  Câmara,  Paulo  Igor,  do secretário  Ronaldo  Medeiros e  do  presidente  da  CPTrans, Maurinho Branco. No encontro,  o  prefeito reivindicou  ao departamento que faça as intervenções necessárias na rodovia para que, após a conclusão, ela seja municipalizada.
    A  União  e  Indústria  é  a principal  ligação  do  Centro com  os  distritos.  Sua  importância  é  histórica:  ela  foi  a primeira  rodovia  mecanizada do Brasil, inaugurada em junho de  1861  por  D.  Pedro  II.  No entanto,  isso  pareceu  não  ser  suficiente para sua preservação  até  agora. A  estrada  está abandonada, com buracos em praticamente toda a sua extensão e trechos que apresentam alto índice de acidentes.
    A  estrada  foi  abandonada pela União depois da inauguração  da  BR-040,  na  década de 1970, ao mesmo tempo que cresceu  o  movimento  e  sua importância na ligação entre o Centro Histórico e os distritos. O DNIT justificou a não realização  das  obras  a  que estava  obrigado,  informando que  a  empresa  que  venceu  a concorrência  pública  para  a reforma da União e Indústria
    deveria  ter  iniciado  as  intervenções em abril de 2015, no entanto, desistiu das obras. A segunda colocada do processo estava impedida de contratar com  o  governo  e  a  terceira demonstrou,  à  época,  não ter  interesse  em  seguir  com o  processo.  Desde  então  a situação  está  parada  e  cabe, agora, ao Dnit abrir uma nova concorrência pública.
    “A  diretoria  do  Dnit  informou  que  vai  realizar  uma vistoria  na  estrada  nos  próximos  dias  para  poder  fazer  o novo termo de referência, que vai  nortear  o  projeto  e  para que  a  licitação  seja  feita.  Na época essa intervenção estava avaliada  em  R$  39  milhões, valor  que,  corrigido,  estará mais  alto.  Esse  custo,  no  entanto, não sairá dos cofres de
    Petrópolis,  já  que  o  processo de  municipalização  só  será realizado após a conclusão das
    obras”,  explicou  o  secretário de Obras, Ronaldo Medeiros.
    O  diretor-presidente  da CPTrans,  Maurinho  Branco, avaliou  positivamente  o  encontro.  “Conversamos  com as pessoas que realmente têm interesse em resolver essa situação. As intervenções da União e Indústria vão gerar impacto positivo  para  a  cidade.  Com as ruas sem buracos o trânsito flui melhor. A mobilidade da cidade tem muito a ganhar com isso”, finalizou.
    No  processo  judicial,  em 2009, o governo federal ficou obrigado  pavimentar  a  rodovia,  corrigir  curvas  muito
    perigosas  e  construir  acostamentos,  prevendo  pontos  de ônibus. Até agora, só realizou uma operação tapa-buracos, no
    trecho do Retiro.

    Últimas