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  • 25/set 08:00
    Por Afonso Vaz

    Ainda que extenuado com o calor que fiz suportar, em Itaipava, no último sábado, ademais com a presença, ao anoitecer, na residência de um de nossos filhos, com o fito de abraçar nossa neta, que completou dezessete anos, já em nossa casa comecei a leitura de “Reminiscência de Amor”- Divagações – Poemas e Sonetos, publicação “in memoriam” do querido avô, Silva Maia, levada a termo pelo neto escritor, músico e poeta Marco Aurhê.

    Terminei a leitura no domingo à noite e com o coração batendo forte, pleno mesmo de emoção e contentamento.

    Na verdade, esplendorosa obra!!

    Não pode imaginar, caro Marco, no tocante à sua grandiosa iniciativa de vir a publicar a obra da lavra do avô, o poeta de mão cheia, Joaquim da Silva Maia Júnior.
    Sua vida e obra bastante elucidadas nas duas orelhas da publicação.
    Por isso mesmo, não foi por acaso que temos hoje, forte, gloriosa e respeitada, a Academia Petropolitana de Letras, graças a muitos outros, inclusive a Silva Maia.

    Ao ilustrado poeta, de onde esteja, o nosso mais profundo sentimento de eterna gratidão.

    Mas falemos de Poemas e Sonetos!!

    De início, “Achrostico” homenagem à querida esposa, Laura.
    A leitura segue adiante e já pudemos conhecer, sentir, através dos versos diversos, outros, também, tão pujantes e amorosos, que exprimem diferentes facetas da formidável figura do cidadão Joaquim da Silva Maia Júnior, poeta de escola.

    Sua magnífica produção bem demonstra o grande coração que lhe batia no peito.
    Assim é que chamaram a minha atenção, desde logo, vários sonetos que deixam marcados a propósito da forte personalidade, singeleza e inspiração, bem próprias do insigne poeta, aliás como assinala o acadêmico e também poeta, Fernando Costa quando se manifesta enfatizando que a poesia do avô guarda, realmente, “… pétalas perfumadas em amor, esperança, desejo e sentimento que exalam intenso odor, onde a retórica e a semântica o conduziram ao pódio dos mais apreciados e louvados.”

    O caríssimo confrade, Marcelo Fernandes, dentro do mesmo diapasão deixa patente que o poeta “…ao optar pelo soneto como expressão principal de sua poética, o faz com grande mestria e vigor, que o coloca, sem dúvida, entre os grandes de seu tempo”.

    Meu caro Marco, por favor, não me compare, na condição de modesto articulista, como fôra o grandioso confrade Fernando Py, sempre brilhante ao comentar, com o mais alto grau do saber e da cultura, a respeito de obras que lhes chegavam às mãos as quais mereciam, do notável Py, profundas e sábias considerações sobre as mesmas.

    Este seu confrade, que tanto escreveu em páginas dos jornais Diário de Petrópolis e Tribuna de Petrópolis, apenas pretende deixar aqui consignado que a obra do avô marca, como diamantes reluzentes, o grande poeta que deva merecer o respeito e a admiração por parte de todos que tiverem a feliz oportunidade de ler tão maravilhosa produção literária, legado que nunca poderá ser olvidado.

    Parabéns, Marco, pelo seu gesto de carinho e gratidão!!

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