O time de Bomtempo rumo à Câmara de Vereadores muda um terço do governo
Secretários municipais que são aspiras a vereadores estão em polvorosa tentando fazer o maior número de ‘entregas’ até 06 de abril, prazo para se desincompatibilizar de seus cargos e concorrer ao legislativo. Encabeça o time, em primeiro lugar, Ramon Tik Tok Melo que quer acabar com a bagunça antes de deixar a Secretaria de Segurança, Serviços e Ordem Pública. Vem na lista Fernando Araújo, à frente da Secretaria de Assistência; Adriana de Paula, secretária de Educação e Leonardo França, presidente da Comdep.
Mais nomes
Engrossam o time Paulo Mustrangi, vice prefeito; talvez o secretário de Saúde, Marcus Curvelo e o secretário de Esportes, Thiago de Morais. Thiago Damaceno, presidente da CPTrans, também investe bem nas redes sociais com cara de pré-candidato, mas pela atuação à frente da empresa, capaz de dar ruim.
Um terço sai
Como são 21 secretárias e empresas de economia mista, excluindo Mustrangi, que ocupa apenas o cargo de vice prefeito e legalmente pode permanecer como tal, Bomtempo vai mudar um terço de sua administração. Ocupantes de cargos de segundo escalação devem ser alçados a secretários. De qualquer forma, é um período sensível, considerando que quem ficar à frente, deve manter o ritmo do antecessor. Bomtempo ainda tem o problema de ingressar ao time três novos secretários: da Pessoa com Deficiência, Mulher e Trabalho. Por enquanto, só anunciou Marcia Schanuel, à frente da secretaria da Pessoa com Deficiência.
Coruja prefeito?
Se Paulo Mustrangi, o vice, for mesmo candidato a vereador, legalmente pode permanecer no cargo desde que, neste período, em nenhum momento, substitua Bomtempo. Se o prefeito, por algum motivo se ausentar, para uma viagem, por exemplo, Mustrangi, se assumir o governo, vai ter que deixar a candidatura a vereador. Ou… manter a candidatura e não assumir a cadeira de prefeito. E, neste caso, o prefeito seria Junior Coruja, presidente da Câmara. Não haveria impedimento legal, assim a olho nu. E nem significaria ele abandonar a candidatura. Mas, vai que tenha uma jurisprudência…
Me engana que eu gosto
Impressionante que todos os políticos estão em Brasília nos últimos dias a troco de trazer emendas para a cidade, a desculpa oficial. Lógico que não é. Todos vão aos comandantes nacionais dos partidos para fazer os acordos e alianças para a eleição deste ano.
Útil
Demitindo o vice-governador, Thiago Pampolha, do cargo de Secretário de Meio Ambiente e colocando em seu lugar Bernardo Rossi, Cláudio Castro, matou dois coelhos com uma cajadada. A demissão de Pampolha foi uma decisão figadil, depois que ele se transferiu para o MDB sem avisar, mas colocar Rossi no Meio Ambiente, foi uma ‘solução’. A Secretaria de Governo que ele ocupava era ambicionada por cabeças graúdas da Alerj por causa do poder e da quantidade de cargos. E Bernardo não tem mandato e nem patrimônio político expressivo atualmente como alegam os que queriam o cargo.
Esfriou
Outro fato que pesou para Castro teria sido a tentativa de Bernardo ter ingerência sobre a política na Baixada, na escolha de nomes para a disputa deste ano. Essa articulação teria uma motivação pessoal, de algum deputado ser candidato e se eleger prefeito para que ele garantisse uma vaga na Alerj, uma situação mais confortável que está hoje, considerando que como legislador poderia tentar a reeleição com mais chances em 2026. Mas, o povo da Baixada reclamou um tantão com Castro. Bernardo e Castro continuam próximos, amigos e coisa e tal, mas dá uma esfriada.
Quem avisa…
Bem que a gente avisou que não ia dar certo, mas o pessoal acha que ninguém tá vendo… O Ministério Público Estado suspeita que a Comdep provocou a contratação emergencial de coleta de lixo e instaurou uma investigação. A prefeitura não quis renovar com a Força Ambiental e PDCA em 2022 e resolveu alugar caminhões e fazer ela própria a coleta, alegando que essas empresas não se interessaram em fazer mais um aditivo, o que elas negaram. Elas foram à justiça, que suspendeu o emergencial e tiveram os contratos renovados, mas até julho, perfazendo o período que a lei permite no total, considerando que iniciaram em 2018.
Não vai acabar bem
Mas, a Comdep, em julho, fez novos emergenciais e tudo acabou sendo paralisado pelo Tribunal de Contas do Estado e justiça. Houve um acordo sob às vistas da justiça e acabamos com três emergenciais: AM3, Força Ambiental e PDCA. Por fim, ainda se descobriu que estamos pagando hoje R$ 172,63 por tonelada recolhida, enquanto em julho de 2023, era R$ 59,03 a tonelada… O caso ganha contornos cada vez mais periclitantes.
Contagem
E Petrópolis está há 304 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
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