• O Rotary na história da cidade de Pedro

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  • 09/02/2023 20:01
    Por Afonso Vaz

    O rotariano, professor e acadêmico Antônio Eugênio de Azevedo Taulois nos brindou, por ocasião da comemoração dos 80 anos da criação do Rotary Clube de Petrópolis, com a notável obra “Rotary Petrópolis e a sua Cidade nos últimos 80 anos”.

    Na obra em questão o abalizado mestre descreve as finalidades da instituição no mundo, como no Brasil; cuida de esclarecer a respeito de suas atividades em nossa cidade, enfim, a participação do mesmo nos últimos oitenta anos da história de Petrópolis.

    Todavia, como o tempo passa rapidamente e por já havermos atingido o ano de 2023, elegemos por meta abordar, com detalhes, a bela trajetória dessa esplendorosa entidade que está a completar no corrente ano, noventa e cinco anos de existência.

    Note-se, o Rotary Clube de Petrópolis fundado em 12 de setembro de 1928!

    À luz do que nos foi legado pelo autor, nós outros na condição de companheiros, continuamos a vivenciar, sem esmorecimento, juntamente com associadas e associados os princípios básicos ditados pelo idealizador do Rotary, Paul Harris, sempre na trilha do “SERVIR” e cumprindo o lema “DAR DE SI, ANTES DE PENSAR EM SI”

    Assim é que afirmamos, sem receio de nos equivocar, que a nossa cidade intitulada Imperial pelo presidente João Batista de Oliveira Figueiredo –Decreto–lei nº 85.849/81, passou a ser palco de importantes eventos relacionados com a vida dos petropolitanos, vez que o Rotary influenciou-os sobremaneira em atividades de caráter social levadas a cabo pari passo, também, perante autoridades do âmbito municipal, nos mais diversos setores.

    Retornando-se, novamente, à obra de lavra do professor Taulois, o mesmo já ponderava àquela época que “…a cidade, que antes se transformara em capital do Império, agora se tornara capital da República”.

    O Rotary já caminhava em paralelo junto à história de Petrópolis. 

    E por haver alcançado tal prestígio nesta majestosa cidade, acabaram por virem aqui residir importantes personalidades, aliás, como demonstra o autor, a exemplo do Marechal Hermes da Fonseca e sua esposa, Nair de Teffé, ela integrante da então Associação de Ciências e Letras, onde ingressou em 1927, posteriormente Academia Petropolitana de Letras, justamente quando a presidia no ano de 1929.

    O Rotary Clube de Petrópolis, que se frise com orgulho, trata-se do sétimo Clube Rotário criado no país.

    Pela importância e prestígio conquistados e em razão das inúmeras personalidades que as fizeram integrar, resultou que o Clube tornou-se “padrinho” de mais outros três, tais como o Rotary Clube de Terezópolis, o Rotary Clube Cidade Imperial, com a denominação de Rotary Clube Petrópolis Sul e o Rotary Itaipava, cabendo salientar que o nosso Rotary Petrópolis  é “afilhado” do Rotary Clube Rio de Janeiro.

    O tempo demonstrou, entretanto, a respeito da oportunidade de criação do Rotary Clube Bingen.

    Os residentes da pacata cidade assistiam o seu crescimento e ao mesmo tempo a sedimentação das inúmeras atividades desenvolvidas pela instituição, em prol dos mais carentes e necessitados.

    Homenagens que não poderão deixar de prosperar, as que se referem às figuras de sócios fundadores: Luiz Mora (bebidas); Osório Magalhães Salles (Banco – Crédito), Salomão Antoun (Armarinhos); Durval de Souza (Iluminação Pública); Alcindo Sodré (Medicina e Jornalismo); Eugênio Lopes Barcelos (Advocacia); Henrique Ritmmeyer Filho (Relojoaria); José Alves da Cruz Coutinho (Tabelionato) e Roldão Barbosa (Cinema).

    O RCP teve como seu primeiro presidente Osório Magalhães Salles (1928/1931), ocupando a vice-presidência, Durval de Souza.

    O historiador e acadêmico autor da obra sob comento lembra que “… no dia seguinte da instalação ocorreu a 1ª reunião rotária, no Hotel Central, que fica situado na rua do Imperador, esquina com a Dr. Porciúncula”.

    O Autor deixa patente também que “…a partir da década de trinta, rotarianos tiveram expressiva participação em diferentes iniciativas perante a sociedade petropolitana”. 

    Destacavam-se à época em prol da história e da cultura, o Museu Imperial; a Rádio Difusora de Petrópolis, cujo proprietário se dedicou, tempo após, ao jornalismo, Wilson Carneiro Malta e, ainda, a Associação Comercial Industrial e Rural de Petrópolis, a última fundada pelas mãos dos rotarianos Nestor Arhends, Geraldo Guyer, Claudionor de Souza Adão, Baeta Neves, Gelmino Fazzioni, Fernando Lannes do Carmo, Alcy Melgaço Filgueiras, Emanuele de Carolis e Alfredo Haack.

    Reportemo-nos, outrossim, ao Instituto Histórico de Petrópolis, cujo patrono é D. Pedro II, palco da presença de uma plêiade de rotarianos que colaboraram com a criação do IHP em 1938, destacando-se, dentre muitos outros, Alcindo Sodré, Mário Cardoso de Miranda, Nestor Ahrends e Lourenço Luiz Lacombe.

    Incentivados pela criação do Instituto, passaram a integrá-lo os rotarianos Claudionor de Souza Adão, Gabriel Kopke Fróes, Alcindo Gomes e o autor da obra que ora nos serve de consulta, Antônio Eugênio de Azevedo Taulois.

    Se voltarmos ainda ao passado iremos constatar, com absoluta certeza, que muitas das empresas, sejam comerciais ou industriais, instituições de ensino, acadêmicas, hospitalares, etc, inclusive no que se refere a arte musical – o Hino de Petrópolis – cabe com ênfase destacar o nome do rotariano Geraldo Ventura Dias, autor do maravilhoso Hino, tudo a demonstrar, sem dúvida, que inúmeras iniciativas de caráter empreendedoras nasceram em berços de rotarianos voltados para o lema SERVIR.

    O relato que ora finalizamos, resulta, também, de maneira primordial, em decorrência do longo espaço de tempo que vimos dedicando ao Rotary Clube de Petrópolis, com a firme convicção da extrema importância de que se reveste a instituição, quer abrangendo os companheiros mais antigos como aqueles que ora ingressam, motivo de orgulho para todos que soubemos aderir à nobre causa do bem servir ao nosso próximo, cabendo deixar patente a homenagem do Rotary Clube Petrópolis às figuras do Governador Luiz Carlos Fávaro e sua Exma. esposa Kátia Xagas Fávaro, que foram recebidos, em reunião festiva na noite de 31 de janeiro p.p., de braços abertos e com o mais alto sentimento de apreço, respeito e admiração, resultado da esplêndida condução das obras que fazem conduzir com zelo e total dedicação.

    Ao ilustre Governador, a eterna gratidão dos Associados do Rotary Clube de Petrópolis.

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