• O retrato que deixamos

  • 20/04/2019 13:05

    Será que deixamos o retrato das mensagens evangélicas se exteriorizarem de nós?

    Vamos retomar o Evangelho e colocá-lo na pauta da vivenciação, exatamente, como o retrato perfeito que Jesus nos trouxe e nos aponta.

    Qual o retrato que estamos distendendo ao Mestre? O que refletimos de nossa mente? O que passamos quando as nossas palavras ainda ferem as criaturas; quando os nossos pensamentos se distendem ao longe e articulamos trajetórias que somente nos irão favorecer? 

    Que retrato Jesus capta de nós quando a vaidade nos consome e os excessos nos levam a labirintos de sofrimentos, de quedas e de dores?

    Será que Jesus partilhou Sua mensagem conosco, na própria vivenciação na Galiléia? Será que tivemos condição de ouvi-Lo ou saímos achando que se tratava de um mendigo qualquer, tentando açambarcar o poder do trono romano?

    Este retrato que Jesus capta em nós, hoje, pode, ainda, estar esfumaçado, por termos trazido do passado as sombras das dúvidas, do relaxamento do nosso viver, dos ultrajes até mesmo ao Mestre amado.

    Será que Jesus, hoje, nos identifica como aqueles que ajudaram a pregá-Lo na cruz, aqueles que se omitiram em defendê-Lo, aqueles que não foram capazes nem mesmo como um dos apóstolos, a ficar ao Seu lado até o fim?

    Quem somos nós, afinal? De que época é a nossa figuração para que Jesus nos capte em nossas atitudes de hoje e, ainda, revelemos a Ele as pautas das negativas, das indiferenças do passado?

    O nosso retrato Ele vê, atualmente, de todas as maneiras: sombreados, preto e branco ou no colorido do momento, mas um colorido que se esfumaça, ainda, pelas deteriorações das agruras por que passamos e dos excessos atuais.

    Perguntemos a Jesus:- Do que precisamos, Mestre, para que possamos retratar-nos em pautas do Teu Evangelho aos que nos envolvem? Do que precisamos e quais as mensagens que mais necessitamos exemplificar para que nos possamos dizer, cristãos, seguidores das belezas do Teu posicionamento de amor e caridade? Como nos vê, hoje, Senhor? Sabemos que não somos o retrato perfeito nem temos a nitidez e a clareza necessárias, a que possamos estar mais próximos a Ti. 

    Mas sempre iremos pedir, Mestre, oportunidades para nos retratarmos outras vezes, diante de Ti e de nós mesmos.

    Retratarmo-nos das palavras mal usadas, dos olhares em defasagens, dos sentimentos ainda deturpados, dos atos abusivos e, realmente, necessitando de um apuro moral e de caráter.

    Ainda necessitamos, Senhor, destes grandes exercícios, a podermos estar no porta- retrato junto a Ti, a que nos olhe e nos ilumine mais, para que nos possamos sentir ovelhas do Teu real rebanho.

    Sabemos o quanto penetras em nós e, muitas vezes, como infantes, tentamos esconder o que somos e o que pensamos, mas, no recolhimento do nosso quarto, conosco mesmo e diante de Ti, sabemos que ainda precisamos de referenciais maiores.

    Nosso agradecimento por toda alimentação que nos envia e por termos a grande oportunidade de coletar em nós a claridade maior das Tuas palavras e atitudes.

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