• O que será feito com a onça que matou caseiro? Entenda

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  • 26/abr 08:26
    Por Redação O Estado de S. Paulo / Estadão

    A onça-pintada que matou um caseiro de 60 anos, na segunda-feira, 21, em Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, irá passar por uma série de exames após ter sido capturada na madrugada desta quinta-feira, 24, por uma equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA).

    O animal, um macho, foi sedado e levado para um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, capital do Estado.

    De acordo com a Polícia Ambiental, a onça-pintada foi capturada próxima ao local em que o caseiro Jorge Avalo foi morto. Ele teve parte do corpo devorada pelo felino. O animal pesa 94 quilos, abaixo do normal para um macho adulto.

    O Cras vai realizar todos os procedimentos de saúde no animal, com coleta de materiais para análise. O objetivo é descobrir se há material genético da vítima, e fazer uma análise multidimensional da saúde da onça.

    “Como é um caso muito atípico, a partir da avaliação clínica e de sanidade, vamos ver qual doença que ele tem, porque não é normal o animal desse porte estar tão magro, e assim podemos tentar relacionar ao caso”, explicou o pesquisador Gediendson Araújo, especialista em animais de grande porte do Reprocon (Reprodução para Conservação).

    O animal deveria pesar em torno de 120 quilos. Também será feita uma investigação pela Polícia Civil sobre a causa da morte do caseiro. Ainda não se sabe, por exemplo, se a vítima foi de fato engolida pelo animal.

    “É um caso muito atípico, mas está muito relacionado a presença e aceitação de um animal silvestre à presença de humanos. O animal perdeu o medo de ver o homem como um predador, e acabou tendo essa situação com esse desfecho. Então a coisa é incomum de acontecer, são poucos os relatos, e é uma pena que teve uma perda humana”, acrescentou Araújo.

    Onça que matou caseiro no Pantanal é capturada

    O coronel José Carlos Rodrigues, comandante da Polícia Militar Ambiental (PMA), afirmou que foi constatado que havia oferta de alimento para atrair animais silvestres no local em que ocorreu o ataque.

    Segundo ele, a prática, conhecido como ceva, “além de configurar crime ambiental, é extremamente perigosa, pois pode provocar alterações no comportamento natural dos animais”.

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