• O que mais puxou a arrecadação de junho foi o PIS/Cofins, diz coordenador da Receita

  • 25/jul 12:46
    Por Amanda Pupo / Estadão

    O coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, destacou nesta quinta-feira, 25, que a arrecadação de junho, recorde para o mês, foi puxada especialmente pelas receitas de PIS/Cofins, que cresceram 21,95% na comparação com junho do ano passado. Segundo ele, esse desempenho é influenciado por alterações de legislação tributária, como a reoneração dos combustíveis, além do crescimento verificado no volume de vendas.

    Também ajudou na arrecadação de junho a entrada do Imposto de Importação, que teve crescimento “bastante expressivo”, segundo Gomide. Esse avanço foi influenciado por três variáveis: volume, taxa de câmbio e crescimento das alíquotas médias, verificado durante todo o ano de 2024 em razão do fim em reduções de alíquota que vigorou até o fim de 2023. “Era natural que houvesse crescimento das alíquotas médias”, pontuou o técnico.

    Créditos de decisão judicial

    O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, destacou nesta quinta-feira que as compensações feitas a partir de créditos obtidos por decisão judicial caíram R$ 20 bilhões no primeiro semestre, na comparação com os seis primeiros meses de 2023. O volume passou de R$ 42,771 bilhões a R$ 22,840 bilhões neste ano. A queda é resultado da proposta do governo aprovada pelo Congresso neste ano, que limitou as compensações feitas com créditos resultados de ação judicial.

    Malaquias pontuou, contudo, que esse efeito é diluído pelo uso de outros créditos que os contribuintes usufruem, já que, no total de débitos compensados no primeiro semestre, a queda foi somente de R$ 5,983 bilhões, uma redução de 5,36%. O valor total no ano passado foi de R$ 111,640 bilhões, contra R$ 105,657 bilhões registrados nos primeiros seis meses deste ano. Os créditos previdenciários, por exemplo, tiveram um crescimento de 61,17%, passando de R$ 5,419 bilhões no primeiro semestre de 2023 para R$ 8,734 bilhões de janeiro a junho deste ano.

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