• O prefeito ainda pode dar bom exemplo

  • 01/08/2018 13:15

    Todo prefeito que chega à cadeirinha milagrosa, olha pelo retrovisor o governo anterior: e isso, e aquilo, por que? E outras perguntas.

    Todo mundo sabe, ou deveria saber, que as cidades do porte da nossa vai acumulando passivos, ao longo dos tempos, nada diferente dos estados e da própria União.

    Sem distinção, todos são iguais quando chegam ao poder, e o povo, patrão de todos, do prefeito, dos secretários e de toda a Câmara, fica a cada dia mais distante das prioridades do município e da suas próprias prioridades: saúde, segurança, educação e habitação.

    O estado brasileiro arrecada de modo injusto e gasta sem eficiência, o gigantismo da máquina, que ocorre também em Petrópolis, ocasiona, a cada dia, o distanciamento no combate à pobreza, a desigualdade social, e o precário atendimento na área de Saúde. Na hora do encaminhamento ao chamado “Centro de Especialidades” ou mesmo do acompanhamento pedido, após o diagnóstico o povo sofre, chora e fica mais distante da cura. 

    Admito a correção de todos, até prova em contrário, mas a nossa gente sofre muito. Agora mesmo, conforme matéria da nossa Tribuna, mais de 40 mil petropolitanos ficaram sem plano de saúde privado e passaram a também depender do SUS.

    A Constituição de 1988 teve resultados ambíguos, preservando muitos vícios antigos e introduzindo novos. Em resumo, pode-se dizer que a máquina estatal arrecada de forma injusta e daninha, enquanto gasta de modo perdulário e ineficiente, e nem estou falando da corrupção, essa praga impregnada na máquina pública, onde quase todos querem tirar uma casquinha. E alguns, após terem tirado a sua, continuam no executivo, uma vergonha!

    Não importa quem votou ou não no atual prefeito, Bernardo Rossi. Os que acompanham com lupa a política local, sabem que o atual prefeito, tem suas virtudes, tem carisma, é jovem, teve mais de 55 mil votos para deputado estadual, mas, infelizmente, por “compromissos políticos”, não conseguiu formar o melhor do secretariado. 

    Já disse aqui, e vou repetir, sem medo de patrulhamentos: o prefeito Bernardo Rossi jamais cuspiu no prato que o alimentou nos últimos anos, ou seja, segue firme, com seu padrinho político Jorge Picciani, incriminado ou não, mas ainda não condenado. O nosso prefeito, para minha satisfação, tem se portado como fiel companheiro do deputado Jorge Picciani. Lá na frente, quando for julgado e condenado, caberá ao prefeito de manifestar. Para mim, homem que confia no fio do bigode, o Bernardo Rossi tem se mostrado correto e sua postura vale ouro.

    Daqui a pouco mais de dois anos e meio, vamos ter eleições municipais, e se o prefeito cortar 30% ou até metade das atuais secretarias municipais, com os cargos comissionados (de confiança), poderá sair na frente, com o apoio dos petropolitanos que querem uma Prefeitura austera e que possa aplicar pelo menos, 10% do orçamento em novos investimentos.

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