• O porquê da falta de humanidade

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  • 23/11/2018 14:10

    Relativamente, o homem progrediu muito pouco como ser humano, como criatura legitimada a desempenhos maiores. 

    Relativamente, ao próprio crescimento das filosofias, dos mecanismos e do próprio crescimento tecnológico e científico, o homem manteve-se em atraso na sua formação divina e humanística. 

    Somente a parte executiva, pode-se dizer, ampliou a humanidade, através de seus feitos, em avanços que, hoje, abastecem toda a humanidade. Entretanto, temos aí um grande confronto: a parte humana e realizável em déficit extremo com sua verdadeira essência, o Espírito.

    O homem cresceu, sim, em produtividade, em relacionamento, em todas as partes da Terra, em conhecimentos diretamente ligados ao seu conforto e engrandecimento de seu meio de vida e da própria continuidade de vida, mas se distanciou de sua evolução íntima, eximindo-se de tornar-se um ser mais completo e evoluído. 

    O ser humano realmente busca um conforto maior, o que é certo e inegável; busca a sua complementação física e necessária à vivência carnal, mas, mesmo diante destas prerrogativas, ele se esquece de que não adianta tanta mecânica de corpos e tecnologias de vida, para que obtenha o seu avanço íntimo. O satisfazer-se em prazeres e futilidades não lhe acrescentará nada, absolutamente. Como ser eterno, ele precisa voltar-se para uma realização interior, numa busca à sua reeducação íntima. 

    Já repararam que hoje o ser humano só demonstra as realizações materiais, só notifica os valores adquiridos, a contumaz vida cercada pelos prazeres e crescimentos materiais?

    Já perceberam que, ao encontrarmos alguém conhecido e perguntarmos como está e o que está fazendo, obtemos declarações de bens e posicionamentos de vida?

    Já perceberam que os pais mostram seus filhos somente nas concretizações trabalhistas humanas? 

    Sim, as respostas às nossas perguntas são sempre as físicas, materiais e humanas, e nunca as mais profundas e válidas, realmente, para a formação íntima do homem, para sua educação moral e espiritual. 

    Vejamos como seria mais fácil a humanidade se autenticar e se educar, intimamente: 

    – as crianças em idade escolar precisariam, antes de tudo, tomar conhecimento da grandeza de sua criação, de seus corpos e de seus potenciais;

    – os adultos e já adolescentes, além de buscarem os conhecimentos físicos e idealistas, precisavam envolver-se com o potencial humano que trazem dentro de si, sentirem-se parte ativa do mundo, verem-se em disposições outras que não só a de usufruírem das belezas e oportunidades de uma idade tão audaciosa; que esta audácia fosse também dirigida a um conhecimento e ilustrações maiores do que são como criaturas infinitas; 

    – a autoanálise de cada criatura seria, portanto, necessária a cada época. Não essa análise feita entre quatro paredes e, muitas vezes, enfocada erradamente, mas uma observação real daquilo que representam como criaturas divinas diante de um mundo de tantos sofrimentos e necessidades;

    – as atitudes de humanidade em perfeito entendimento das necessidades do ser humano, o confronto de situações, o entendimento íntimo de cada uma das criaturas; sua real situação na face da Terra. Uma conduta já bastante delineada e observada lhes daria a noção de dever para consigo mesmos e de respeito para com o resto da humanidade;

    – o ensino do conhecimento íntimo da criatura como alma em crescimento e aprendizado constantes, uma penetração maior nas diferenças entre as almas e os diversos envolvimentos emocionais e humanos;

    – conhecer a si próprios seria uma declaração de paz a nossos irmãos, seria um preciso entendimento espiritual. Sim, porque, ao buscar nosso íntimo e o de nossos irmãos, estaríamos tangenciando o lado espiritual e, cada vez mais, penetrando no âmago de Espírito. 

    Busquemos esse confronto do material com o humano, com o íntimo e o espiritual de cada ser, para que possamos melhorar o mundo em suas condições de vida.

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