• O mundo que nos sufoca

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  • 15/02/2019 10:00

    Perguntamos a todo tempo como consolidar, ao mesmo tempo, tristezas e rudezas e encontrarmos forças, dentro de nós, para vivermos com tudo isso e nos forjarmos em sentimentos maiores como amizade, amor, respeito, carinho e compreensão. 

    Ora, a Terra, esta esfera azulada, é constituída por Espíritos em reconstrução espiritual, em refazimentos, expiações de faltas, em provas a serem executadas e finalizadas. Portanto, querermos encontrar nesta esfera o paraíso, a beleza e o equilíbrio em mentes e naturezas é ainda precisarmos buscar uma visualização maior da diversidade que constituem os mundos. 

    Cada um de nós está em delineamentos próprios, percorrendo etapas de vida. A vida do Espírito é eterna; estaremos sempre construindo e reconstruindo, aprendendo, reavaliando e acrescentando, buscando um estágio melhor espiritual e desenvolvendo o nosso próprio íntimo em busca da individualidade perfeita. 

    Portanto, se aqui estamos em dificuldades físicas, mentais, emocionais e materiais é por ainda estarmos precisando de uma lapidação maior em alguns destes posicionamentos ou em vários, talvez, ao mesmo tempo. 

    Como caminhar nesta esfera entre tamanhas dificuldades sem nos machucarmos tanto? 

    Já pensaram nisto? Difícil, não, amigos? Sim, bastante. Sabem por quê? Porque nós somos difíceis, difíceis de nos deixarmos manusear, e, por isso mesmo, os nossos caminhos também se tornam difíceis. À medida que nos vamos acomodando, aceitando cada fato e construção de nossos caminhos conseguimos absorver e entender melhor as razões que nos colocam em tamanhos conflitos e dificuldades.

    Por que atravessamos tantos conflitos, tantas dores, tantos sofrimentos? 

    Porque, meus amigos, são peças necessárias a serem trabalhadas por nós, peças essas que nos tocam e nos mantém sob um enfoque a ser revisto, peças essas promovidas por nós mesmos quando em vida espiritual, para que nos possam ajudar e às concepções maiores de seres espirituais que somos. 

    Realmente, as lutas, as batalhas são imensas, mas nós somos Espíritos endividados, com grandes obliterações, não visualizadas no momento por nós, mas, amplamente, percebidas por olhos espirituais, digo, de Espíritos desencarnados e de nossos orientadores espirituais, de Deus, de Jesus. 

    Portanto, quem somos nós para nos colocarmos como réus em terras de gigantescas provas e expiações? 

    Quem somos nós para nos acharmos tão inocentes e puros a ponto de querermos uma obtenção total de valores espirituais e materiais numa terra em que nos embrenhamos nos matagais das injúrias, das vaidades e dos orgulhos? 

    Já pensaram nisto? 

    A maneira de conseguirmos atravessar estes matagais repletos de espinhos e ervas daninhas, será em nos fortificarmos. A nossa busca precisa ser constante por uma correção moral, por um meio de uma vida pautada em moralidade, livre de sentimentos menores, de viciações e de abastecimentos vulgares e efêmeros. Se nos conseguirmos disciplinar o suficiente em uma caminhada mais firme, com mais amor e consideração pelas criaturas que nos rodeiam, se conseguirmos entender isto tudo e traçarmos uma rota de paz, de aceitação e de compreensão de que somos Espíritos encarnados numa necessária vivência em mundo de matérias brutas, veremos que está tudo certo e que precisamos, realmente, nos burilar a cada momento de vida e de convivência com todos ao nosso redor.  

    Se atingirmos esta visão, buscando no Evangelho do Cristo as palavras verdadeiras que Ele nos distendeu, nos mostrando que esta etapa encarnatória é um mero estágio numa escola de reciclagem, mas que nossa vida não será sempre aqui, esta compreensão nos ajudará a ter a esperança em buscar caminhos mais férteis, conscientizando-nos de que a nossa educação e a disciplina que nos iremos impor a cada passada de vida, é o caminho certo e justo que precisamos fazer. 

    Que a Luz Divina nos ilumine e oriente. 

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