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  • 16/jun 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    Entre os anos de 2011 e 2017 o crescimento da corrida de rua passou de 50% por ser a prática esportiva mais acessível a qualquer um. Não depende de outra pessoa, roupa especial e local específico. Vai pra rua! Também não é bem assim… Por ser tão fácil não significa dispensar orientação profissional, haja visto o número de lesões em praticantes em todos os níveis.

    Os iniciantes, claro, pela falta de experiência em não seguir a ordem natural do “lento, gradual e progressivo”. Os atletas de elite pela competitividade excessiva passando quase sempre dos limites. Todas as grandes cidades têm um número expressivo de praticantes, desde os 5 km até as maratonas. O mundo inteiro corre! A popularidade chegou a tal ponto que cidades como Nova York, Berlim, Chicago e Boston (uma das mais antigas) limitam o número de participantes exigindo, para se inscrever, tempo comprovado em outras maratonas oficiais, inclusive nas faixas etárias.

    Só para ter uma ideia, na de Boston a faixa etária de 70/74 anos o tempo mínimo exigido é de 4h 20min 00seg para os homens e 4h 50min 00 para as mulheres. A maratona de Nova York 2023 bateu recorde de concluintes se tornando a maior do mundo nesse quesito. Dos 51.933 que largaram, 51.402 completaram a prova sendo 28.501 homens, 22.807 mulheres e 94 não binários. Portanto, o ser humano (Homo Sapiens), do latim “homem sábio”, como espécie foi adaptado na sua evolução para correr com a perda de pelos, desenvolvimento de glândulas sudoríparas, capacidade de termorregulação durante atividade física, expansão da circulação craniana, pernas mais longas, glúteos maiores, quadril mais estreito, articulações mais largas, tendão calcâneo mais forte, fáscia plantar e dedos mais curtos. Tudo isso para dar mais estabilidade para correr.

    Pense nisso quando disserem para você que os humanos não podem correr. Que a corrida mata! Que a corrida lesiona ou faz mal. O que mata é o sedentarismo. A OMS estima que 500 milhões de novos casos de doenças não transmissíveis surgirão até 2030 por causa do sedentarismo. Quando você corre, sempre inspira outras pessoas.

    **Literatura Sugerida: Lieberman, Daniel. A história do corpo humano: Evolução, Saúde e Doença. (2015).

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