O mundo dá voltas
Muitas pessoas pelo mundo afora julgam que o dinheiro possa resolver todos os problemas da humanidade e até mesmo solucionar questões complicadas, quando o financeiro esteja a prevalecer.
Ledo engano e aqueles que assim pensam, vivendo neste planeta confuso, especialmente na atualidade, com terremotos, países sob constantes guerras, a fome grassando em muitos deles, a educação a pedir socorro, a segurança em frangalhos e a saúde à beira do caos, a não ser para “os privilegiados” com posses e que são acolhidos em São Paulo, nos melhores hospitais, sabem bem que estão simplesmente equivocados.
É certo, entretanto, que essas pessoas nunca ouviram a palavra proveniente do Pai, que revela ensinamentos a propósito de que na terra devam prevalecer, o amor e a caridade.
O dinheiro vem a todos nós, apenas, como complemento e pode até enriquecer às pessoas, desde que à custa do trabalho diuturno e sério.
Contudo, a situação que se busca narrar é pertinente a um grande empreendedor que, advindo da pobreza, enriqueceu, tornou-se proprietário de duas grandes empresas, viajou por todo o mundo, gastou o que tinha e o que não tinha; dilapidou, sem respeito, o dinheiro que ganhara, ainda que com a força do trabalho, porém, esquecendo-se do bom senso e de seu próximo.
Certa vez, em conversa com um amigo comum, que sempre se relacionou com tal pessoa, relatou-me a propósito das dificuldades pelas quais a mesma vinha atravessando, não decorrente da “crise” que vimos enfrentando, porém, por força de atos equivocados praticados durante a vida.
Fiquei penalizado com a narrativa que me foi feita, mas soube, por outro lado, que “o dinheiro subiu-lhe à cabeça”, e mais, que nunca separou, um “centavo” de seus ganhos com a finalidade de auxiliar os mais necessitados, os idosos e as crianças abandonadas, situações com as quais nos deparamos por esse país afora onde milhares vivem ao relento, adolescentes a praticar delitos e os idosos, como os presidiários, jogados em locais impróprios e desumanos.
Havemos que nos condicionar que não basta pensar que somente ao estado esteja reservado, por disposições de ordem legal, assegurar assistência aos despojados de moradia, saúde, educação e bem assim de outras garantias congêneres; a cada um de nós, também, estão reservados encargos a serem cumpridos em prol de nosso próximo, que esteja a atravessar qualquer dificuldade, até porque, se assim não for, como ensina o poeta,
“Se a fortuna o bafejou, / respeite os menos felizes, / pois muita gente voltou / às suas pobres raízes”.