O mês do Colono na pandemia
Junho é o mês de São Pedro apóstolo e do Colono Germânico, onde se misturam as missas com as fogueiras caipiras e as ricas cores da Bauernfest.
Petrópolis, no mês da friagem, esquenta e brilha com muita festa e comemorações.
São Pedro convida para as barraquinhas, a fogueira, o quentão, a batata doce assando, as marias-chiquinhas de muitas sardas e os acanhados varões que largam as enxadas para namorar à luz da lua, junto ao calor da fogueira ou dançando uma ensaiada
quadrilha, cheia de alegria, de olhares brejeiros, de sanfona e bandeirinhas envolvendo tanta alegria e singeleza.
Na Bauernfest, um outro condimento, onde não faltam os salsichões, as cervejas e chopes, as carnes assadas, os doces e tortas, o passeio romântico pelas aléias do mágico Palácio de Cristal e das ruas que entornam encanto nas imediações; naquele lugar predileto, de descanso e meditação, da querida Princesa Isabel, herdeira de um Império.
Luzes, cores, alegria, as festas de junho aquecem o inverno rigoroso da serra e ninguém reclama do frio, do sereno, da bruma cinzenta, só tendo olhos e ações para a riqueza das cores, o desenvolver das danças alegres e saltitantes e as guloseimas deliciosas.
Hoje:
Em 2021, no molho de tudo, as frustrações pela presença do covid-19, que está proibindo a alegria e a festa em toda a sua potencialidade.
Mas, mesmo assim, vale a pena viver em Petrópolis no mês de junho. Se vale! Afinal de contas, o Clube 29 de junho mobilizou-se e recriou novo cenário para a festa, agora virtual e que ai está com muito sucesso. Parabéns a todos! E ao Poder Público pela força e prestígio!
Agora, permitam todos, criei algumas trovas bem caipiras para divertir mais um pouquinho e dar um “xoooo” a essa lamentável pandemia.
Vamos a elas para serem lidas com muito sotaque:
Maria pisca p´ro Zé;
O Zé encóie o oiá…
Arresorve um buscapé
Maria e Zé estreitá.
A quadrilha vai deixando
Solteironas abrasadas.
Sentadas, tristes, chorando,
Querendo ser abraçadas.
Ritinha, mas que danada.
Desprevenida, pois é…
Assanhou a molecada
Prá sortá os buscapé…
Parou a festa… um gemido!
– Que foi isso, Coroné?
– Ara! Vem d´árv´re o ruído…
– É Ritinha, mais o Zé!
P´ra sua sogra escôia
Um símbolo no arraiá!
– P´ra essa veia caoia?
Um balão… p´r estorá!
Juquinha, no pau-de-sebo
Venceu a competição,
Mas perdeu, pobre mancebo,
As carça na ascenção…