O medo de perder o emprego afeta 6 em cada 10 fluminenses, revela pesquisa do IFec RJ
Os índices de confiança do consumidor do Estado do Rio na economia brasileira, nos próximos três meses, apresentaram uma leve melhora no mês de abril. De acordo com pesquisa realizada pelo IFec RJ, 22,2% dos entrevistados se mostraram confiantes, índice superior ao constatado em março (17,6%), porém ainda inferior aos meses de fevereiro (29,3%) e janeiro (30,4%). O indicador referente aos que estão pessimistas subiu novamente, de 29,3% para 31,9%, já os muito pessimistas tiveram queda: de 29,8% para 23,4%. O percentual de consumidores que acreditam que a economia não sofrerá alterações teve um pequeno aumento de 17% para 18,8%. Os muito confiantes caíram quase pela metade, indo de 6,4% para 3,7% do percentual total de entrevistados.
Questionados sobre as expectativas em relação à economia do estado do Rio de Janeiro no próximo trimestre, 27,5% estão muito pessimistas, em março eram 29%. Os pessimistas representavam 30,8% e agora são 29,4%. O percentual dos que acreditam que não haverá alteração mostrou aumento, indo de 18,6% para 21,6% e apenas 21,6% estão confiantes ou muito confiantes.
EMPREGO
Com relação ao emprego, 60,1% dos consumidores fluminenses estão com muito medo de perder suas ocupações, uma pequena redução de 2 pontos percentuais em comparação com março. Em fevereiro, essa porcentagem era de 49,3% e janeiro (43,3%). Os que estão com pouco receio de perder o emprego representam 15,1%, alta de 2,1 pontos. Apenas 24,8% dos entrevistados estão confiantes e não estão com medo.
RENDA FAMILIAR
O percentual de consumidores que acreditam em algum tipo de redução da renda familiar diminuiu de 60,8% para 50,2% dos entrevistados, mesmo diante de uma queda de 10,6 pontos, o percentual continua elevado. O indicador dos que creem que a situação econômica de suas famílias continuará como está subiu de 25,7% para 34,6%, representando uma diferença de 8,9 pontos percentuais. Apenas 15,1% dos fluminenses acreditam que a renda aumentará de alguma forma.
ENDIVIDAMENTO
O total de fluminenses que se disseram endividados ou muito endividados caiu de 58,8% em março, para 52,1% em abril. Os que se dizem pouco endividados aumentou de 17% para 21,8%. Já o percentual de consumidores não endividados aumentou de 24,2% para 26,1%.
INADIMPLÊNCIA
A porcentagem de consumidores inadimplentes ou com muitas restrições apresentou leve redução nesse estudo: de 41,2% para 37,4%. O índice de fluminenses pouco inadimplentes aumentou de 15% para 20,4%. Já o número de cidadãos sem restrições praticamente se manteve: de 43,8% para 42,2%. Entre os que se declararam inadimplentes, o cartão de crédito segue na liderança (61,1%), seguido pelas contas de luz, gás, água, internet e telefone (45,1%) e pelo IPVA (27,9%).
BENS DURÁVEIS
Perguntados sobre os gastos com bens duráveis, 34,4% dos consumidores pretendem aumentar esse tipo de consumo, queda de 7,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior, seguidos por 34,4% que esperam gastar menos, em março eram 34,7%. Já 31,2% pretendem manter esses gastos, na sondagem anterior foram 23,4%.
Realizada entre 15 e 18 de abril, a sondagem contou com a participação de 436 consumidores do estado do Rio de Janeiro e teve como objetivo entender quais as expectativas dos fluminenses com relação a retomada da economia do estado do Rio e brasileira, além da percepção sobre o desemprego e renda familiar, entre outros indicadores.
Sobre a Fecomércio RJ
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e representa os interesses de todo o comércio de bens, serviços e turismo do estado. O setor reúne mais de 314 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e representam 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais no total, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Fecomércio RJ administra, no estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).