O massacre continua
Não satisfeitos com o massacre imposto aos aposentados do setor privado, o presidente Temer vem pisar mais um pouco nos idosos, de maneira rejubilante, mostrando toda sua benevolência com os municípios e estados – além da federação – ao estender suas dívidas para serem pagas em 200 meses já prevendo pelos eternos economistas que, diante da debatida reforma, não haverá tanto déficit e poderá bem suportar mais essa sangria de “bondades”.
Se houvessem homens com “H” maiúsculo neste país, de caráter, dignidade e bom-senso entre os que manipulam as verbas públicas provindas do setor privado, teriam consciência de tal despudor – mas como não têm, acomodados em seus confortáveis recolhimentos, vivem na eterna “ilha da fantasia”, indiferentes a tudo.
Se houvesse honestidade e responsabilidade em tais políticos que mais parecem uma “quadrilha” uníssona em pensamentos demagógicos, teriam a dignidade e o raciocínio de que o mais correto e lógico seria retornarmos à separação da Previdência em duas partes – setor público e privado – para dar mais dignidade aos que se humilham e ainda são penalizados a ter que – desavergonhadamente – sustentar parasitas da Nação com tantos privilégios e mordomias, como foi o caso de Da. Marisa Letícia que conseguiu – milagrosamente – ser nomeada “Assessora Parlamentar Nível 90 IV” com salário de R$ 68.945,45. Assim, se tal informação é errada, não o será o fato conforme declaração de Lula ao juiz que o interrogou a respeito, respondendo que iria receber a aposentadoria proporcional “a que tem direito como viúvo”. Um deslavado deboche em cima do povo e que, infelizmente, sempre se “emprenha pelo ouvido” acreditando ainda em sua honestidade e que, conforme declaração do próprio, nunca recebeu dez reais indevidos. Esta é a desfaçatez de um homem público que, por certo, não será o único, enquanto Da. Marisa Letícia nunca fez nada como “dita” primeira-dama” além de tratar seus belos cabelos em São Paulo, quando foi cognominada de “a inútil”, para o país, mas não para o plácido cônjuge.
Infelizmente, a Previdência sempre foi o “caixa dois” do governo, desde JK que, apesar de seus “cinqüenta anos em cinco”, saqueou os cofres previdenciários para criar esse “paraiso fiscal” que é Brasília, abrindo o porteira para toda essa farra com a verba pública pois, quando a capital do país era no Rio, tais regalias não existiam.
Portanto, repito aqui a frase dita por um velho amigo – “Há momentos em que os homens têm que tomar uma atitude para não se transformarem em ratos para o resto da vida” – mas quem teria coragem para tanto?
jrobertogullino@gmail.com