• O MAR DE REVOLTA QUE ENVOLVE AS CRIATURAS

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  • 05/08/2016 12:00

    Vivemos num mundo difícil, mesquinho e injusto.

    Vivemos, mesmo dentro de nosso lar, com as injustiças, as revoltas, os sentimentos muitas vezes explorados com fins injustos.

    Vivemos com tantos tipos de criaturas, que poderíamos discriminá-las uma a uma, que conceberíamos listas de egoísmos, injustiças, invejas e revoltas.

    Normalmente, em ambiente doméstico, podemos apreciar, entre nossos filhos, problemas diversos.

    Identificamos um a um, distinguimo-los através da convivência diária; mas, como resolvê-los, como tornar os problemas insignificantes?

    Jamais um pai ou uma mãe irá de encontro aos defeitos de seus próprios filhos, jamais os deixarão seguir por caminhos difíceis. Tentarão, apelarão para que suas vidas sejam facilitadas e que sejam orientados da melhor forma possível.

    Mas, quanta revolta encontramos, muitas vezes, dentro de um lar! Quanta discórdia entre os membros efetivos de uma família! Quanta discussão, quantas diferenças, quantas inúteis reclamações, quanta inveja!

    Precisamente, por nos sentirmos envolvidos, é que precisamos saber definir as situações, trazer os problemas a discussões e esclarecimentos, indo diretamente às razões e aos porquês de colocações tão enfáticas.

    O porquê de uma revolta, quando uns se sentem preteridos, se sentem discriminados e alijados; o porquê de um ciúme exagerado; o porquê de uma indisciplina; o porquê de ligações mais íntimas uns com os outros ou de intensos sentimentos de repulsa.

    Cada vida, cada sentir, corresponderá a uma vivência anterior mal definida, mal colocada e, justamente, por não se terem esclarecido, é que a Justiça Divina os acolheu novamente sob o mesmo teto, entre consanguinidades e ligações afetivas.

    Mas, quem somos nós para julgar este ou aquele ato, esta ou aquela falha descobertos nos meandros de uma convivência familiar?

    Sim, pois será sempre nesta convivência que surgirão todos os problemas, todos os castigos, todas as renúncias, todas as abnegações para que a revolta e as colocações do pretérito possam ser agasalhadas e resolvidas definitivamente, pois as oportunidades não se repetem ou irão encaminhar-se de forma diversa, tecendo o destino caminhos incompletos e vivências difíceis para aqueles que não tiveram coragem para sanar e refazer momentos e rasgos de temperamentos.

    Com quem nos aconselharmos? Como reagir, diante de revoltas e incompreensões? Como disciplinar nossos filhos, diante da variedade dos temperamentos, de situações em que eles próprios se colocam e se inquirem?

    Sim, naturalmente, os pais não são deuses nem poderão ter todas as respostas, resolver todos os problemas, mas precisarão, sim, de muita compreensão e amizade para fazê-los verem que as vidas são experiências a serem vividas e explanadas, de acordo com as necessidades de cada alma, de cada projeto anterior mal feito e não aceito.

    Precisamos mostrar que a cooperação, a harmonia, o amor e a amizade deverão residir no lar e existir em cada um de nós, para que, juntos, possamos vencer mais esta existência, recuperando e ultrapassando nossos próprios limites.

    Para isto, aqui viemos; para isto, nos foi dada mais uma chance.

    Revoltas se desarmam, com carinho e compreensão.

    Inimizades se desfazem, com clareza espiritual.

    Angústias se esclarecem, com orações.

    Indisciplinas se desfazem com exemplos, com complacência e com diálogos.

    Incompreensão se anula com união, aconchego e palavras de fé.

    Aos revoltosos, aos ansiosos, aos invejosos, aos descrentes e aos envolvidos com as artimanhas de um viver e que não têm a fleuma suficiente para se desfazerem destes quistos espirituais, abracemos com toda a complacência, toda a compreensão e todo o amor que pudermos dispensar.


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