• Número de mortos em operação no Jacarezinho sobe para 29

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  • 08/05/2021 13:05
    Por Agência Brasil

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou neste sábado (8), que subiu para 29 o número de mortos na operação policial realizada na última quinta-feira (6) na favela do Jacarezinho, na zona norte da capital.

    A polícia divulgou apenas a identidade do inspetor de polícia André Leonardo de Mello Frias, de 48 anos, e afirmou que os outros 28 mortos eram criminosos.

    Considerada a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro, a operação policial foi realizada para desarticular uma quadrilha de traficantes de drogas que, entre outros crimes, era suspeita de aliciar menores de idade.

    Defensores dos direitos humanos questionam a legalidade da operação, que também despertou a preocupação da Ordem dos Advogados do Brasil, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos. As três instituições pediram investigações rigorosas e imparciais e ressaltaram o compromisso do Estado
    no respeito aos direitos humanos.

    Responsável por fiscalizar a legalidade da ação, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro emitiu uma nota em que informa que está investigando as circunstâncias das mortes ocorridas durante a operação.

    “Todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis em decorrência dos fatos ocorridos estão sendo tomadas pelo MPRJ”, diz o texto, que informa que promotores estiveram presentes na comunidade, acompanhando os desdobramentos da operação. “Cabe destacar ainda que o MPRJ acompanha a perícia nos corpos das pessoas mortas durante a intervenção policial”, informou a nota.

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu a Polícia Civil e afirmou na noite dessa sexta (7), que a operação foi “o fiel cumprimento de dezenas de mandados expedidos pela Justiça.”

    Já uma nota conjunta assinada por entidades como a Anistia Internacional no Brasil, a Justiça Global, o Instituto Marielle Franco e o Movimento Negro Unificado classifica a operação como um massacre. Defensores de direitos humanos, moradores de favelas e familiares de vítimas de violência policial realizaram protestos nessa sexta-feira (7) contra as mortes.

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