• Petrópolis registra 126 mortes; cemitério da cidade está sem vagas

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  • 18/02/2022 06:47
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    Nesta quinta-feira, os dez funcionários da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) trabalhavam para abrir em tempo recorde o maior número de covas rasas possíveis. No último levantamento feito pela Tribuna, na tarde de ontem(17), eram 31 sepultamentos a serem feitos apenas no Cemitério do Centro, que é o principal da cidade. O lugar só tem capacidade para fazer dez sepultamentos por dia, e já estava em situação precária e sobrecarregado com as vítimas da covid-19 ao longo desses dois anos. 

    Na parte alta do cemitério caiu uma barreira sobre algumas sepulturas. Funcionários trabalhavam na capina entre os túmulos e alguns na abertura de covas. A Prefeitura anunciou que reforçou as equipes, mas o cenário que a reportagem da Tribuna encontrou no local não é compatível. 

    Deslizamento atinge sepulturas e uma casa fica sob risco. (Foto: Alexandre Carius)

    A reportagem conversou com funcionários das duas funerárias que atendem o cemitério do Centro, uma delas tinha 16 sepultamentos previstos para ontem. A outra, tinha um pedido de retirada de 30 corpos no Instituto Médico Legal. Uma das funcionárias contou à reportagem que não está sendo possível buscar todos os corpos porque não há possibilidade de fazer os enterros, já que depende de mais covas ou gavetas e não há funcionários suficientes para atender a demanda. 

    Até o momento, são 126 mortes e 2 despojos retirados dos escombros pela cidade. Mas o número de mortos pode ser muito maior, as buscas por sobreviventes continuam em todo o primeiro distrito. O último levantamento feito pela Polícia Civil lista 218 nomes de pessoas desaparecidas.

    Em nota à imprensa, a Prefeitura informou que “reforçou o número de profissionais para as exumações e sepultamentos, além de cavar novas covas rasas no Cemitério do Centro. O cemitério foi afetado, mas não houve dano substancial. O governo não tem a intenção de fazer enterro coletivo, para respeitar a programação dos familiares”.

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