• Novo reajuste no preço do gás de cozinha começa a valer nas refinarias

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  • 27/09/2017 17:15

    Um novo reajuste no preço do gás de cozinha, autorizado pela Petrobras na terça-feira (26), começou a valer hoje (27) nas refinarias do país. A alta de quase 7% na comercialização para as distribuidoras é a sexta alteração de preço desde o início do ano. 

    Em Petrópolis, apesar de já estar em vigor, o aumento ainda não havia sido repassado aos consumidores, pelo menos até a noite de hoje. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos da Petrobras, o preço final do botijão de 13 kg deve subir em média 2,6 % ou cerca de R$ 1,55 para o consumidor.

    Com medo dessa alta, para garantir os últimos botijões no preço atual, muita gente correu até as distribuidoras para encomendar o gás, antes da alta. Pela cidade, o valor do produto varia a cada bairro e marca. 

    Nos bairros distantes o preço acaba saindo mais caro. Em Araras, por exemplo, o botijão custa R$ 70, tanto para quem busca quanto para quem recebe no domicílio. 

    Quem tem família grande sofre ainda mais com os aumentos consecutivos. “Os reajustes não acompanham o nosso salário. O salário sobe muito mal uma vez por ano, e mesmo assim muito pouco. Aí o gás, a luz, a gasolina, o diesel e todos os produtos sobem o ano todo. Como faz para sobreviver num país desses? Só me responde isso”, questionou Mário de Assis, indignado. 

    No Itamarati por exemplo o preço para quem busca no depósito é R$58. Já aqueles que preferem receber em casa, pagam um pouco mais caro, mas depende do bairro. 

    Na rua Bingen uma distribuidora cobra R$ 55 para quem busca, o mesmo preço cobrado no Retiro.

    A Tribuna questionou as revendedoras de gás sobre o reajuste, mas nenhuma delas informou quando e para quanto o preço vai subir. A recomendação para quem quiser economizar é correr para as distribuidoras o quanto antes. 

    Segundo aumento em setembro

    O reajuste dessa semana foi o segundo no mês de setembro. No último dia 6 o botijão de 13 kg para uso residencial ficou R$ 5 mais caro. O aumento de 12,2% afetou todas as distribuidoras não só de Petrópolis como também de todo o país. 

    A justificativa, na ocasião, foi o cenário externo de estoques baixos, e os reflexos climáticos do furacão Harvey, na maior região exportadora mundial do produto, que é Houston, nos Estados Unidos. Segundo a Petrobras os terminais norte americanos estão fora de operação e isso afeta diretamente o comércio internacional. 

    Os reajustes fazem parte da nova política de manutenção de preços da Petrobras, que ao invés de acumular altas prefere alterar os preços quando houver necessidade, mesmo que seja semanalmente. 

    Gás industrial e comercial também tiveram alta

    Além do gás de cozinha, a petrolífera brasileira  aumentou em 7,9%, em média, os preços de comercialização às distribuidoras do gás liquefeito de petróleo (GLP) destinado aos usos industrial e comercial. O reajuste do GLP também entrou em vigor ontem.

    Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o aumento de preço pode chegar aos 8% dependendo do polo de suprimento.

    Em nota, o Sindigás diz que o aumento do GLP vendido para o comércio e a indústria “é preocupante, pois afasta o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos”.


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