• Novo método pode quantificar os efeitos do plástico ingerido na vida selvagem marinha

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  • 22/12/2020 17:49

    Em um novo estudo, um grupo de pesquisa internacional liderado por pesquisadores do Japão, Croácia e Holanda apresentou o primeiro modelo mecânico que quantifica os efeitos do plástico ingerido na vida marinha.

    O estudo, publicado na Ecology Letters, focou na avaliação dos efeitos da ingestão de plásticos no crescimento, reprodução e sobrevivência das tartarugas marinhas comuns.

    A ingestão de plástico geralmente não é letal para as tartarugas marinhas, mas pode causar efeitos não letais, como diminuição da capacidade de alimentação.

    O estudo constatou que entre 3% e 25% dos plásticos digeridos causa uma redução de 2,5-20% na percepção da abundância de alimentos e energia total disponível, resultando em um índice de condição de 10–15% inferior e 10% a 88% menor potência reprodutiva sazonal total em comparação com tartarugas não afetadas.

    Os pesquisadores desenvolveram um modelo para quantificar os efeitos não letais da ingestão de plástico tanto nas tartarugas individuais quanto nas espécies como um todo. As populações de tartaruga marinhas estão listadas como em perigo de extinção ou ameaçadas nos termos da Lei de Espécies Ameaçadas e são críticas para a saúde dos ecossistemas marinhos.

    O grande benefício desse modelo é sua aplicabilidade a outras espécies de fauna marinha.

    Estima-se que 4,8 a 12,7 milhões de toneladas métricas de plástico entram no oceano a cada ano. Quase 700 espécies marinhas interagem com o plástico, ingerindo microplásticos que podem eventualmente entrar no abastecimento de alimentos para humanos.

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