Novo livro sobre torturas
Batendo na mesma tecla, porém, aparenta ser mais razoável – abordando a colunista Miriam Leitão, mãe do autor, que até há alguns anos defendia Lula e, pra frente, teria dito qualquer coisa como:-“se soubesse que o movimento daria nisto aí, teria sido melhor ficar quieta em casa”. O livro relata também, a traição de seu líder que os denunciou aos militares.
Em recente crônica abordei o tema “Paralelos e parâmetros”, um detalhe que julgo necessário e importante de se observar por uma questão de coerência, justiça e honestidade consigo mesmo. Repudio as torturas ocorridas no regime militar mas há que se observar que os submetidos a tais sofrimentos eram, na maioria, jovens idealistas que se deixaram influenciar pelos terroristas treinados no exterior e que os transformaram em “bois de piranhas” , já que deveriam ignorar as atitudes dos reais agitadores que tinham ações esquematizadas, enquanto os jovens “rebeldes sem causa”, inexperientes, eram pegos pelos militares que não podiam e nem tinham tempo para tratá-los com “delicadeza” e nem separar “o joio do trigo”. Infelizmente, pagaram pesado pelo “livre arbítrio” de cada um e sofreram as consequências desagradáveis por um segmento de militares que extrapolaram em suas funções enquanto do outro lado, também os terroristas roubaram, sequestraram, mataram e mutilaram inocentes que nada tinham com o regime. Hipocritamente, se auto inocentam e só culpam os militares.
Querer execrar uma instituição secular que é preparada para defender a nação contra guerras, invasões ou terroristas, é avaliação dúbia com uma distância muito grande. Não sou militar e nunca tive tendência para tal, mas com muita honra cumpri meu dever cívico na época ao prestar o serviço militar. Às vezes também me revoltava com o rigor dos regulamentos internos que norteiam os treinamentos mas, ao longo da vida reconheci, consciente, o quanto me foi benéfica a prestação como guarda do então presidente Vargas. E assim são preparados os militares para toda uma vida.
Há uma corrente que tenta denegrir os militares em geral, mas que partem daqueles socialistas (comunistas) que, na ignorância, cantam loas a Vargas, desconhecendo que o “partidão” era proibido e, sob o tacão de Filinto Muller, os suspeitos eram torturados e “suicidados” do alto dos edifícios e o assunto arquivado.
Millôr dizia que desconfiava de quem usufruía lucro com seu idealismo, e todos os que aí estão, se locupletaram com gordas indenizações e pensões em prejuízo dos aposentados do setor privado, que hoje são sacrificados nos proventos para dar espaço a tais benefícios a quem não merece – como tantos “patriotas mercenários”, podres de ricos, já exalando o fedor da corrupção.
CORREÇÃO: Por uma falha, na última crônica sobre o INSS, registrei como um crédito a receber de 40 bilhões em vez de 400 bilhões de reais.
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