• Novo integrante do projeto de cinoterapia leva alegria a lar de idosos

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  • 17/12/2017 07:00

    Quando Eunice Rodrigues, de 96 anos, apareceu no pátio do Lar Manzini Andrade na manhã desta sexta-feira (15), todos os demais idosos acolhidos no local e os funcionários se surpreenderam. Com problemas no joelho, ela não é muito de sair do quarto. Mas desta vez, ela tinha um motivo muito especial para fazer o passeio: ela foi conhecer o mais novo integrante do projeto de terapia com cães desenvolvido pela Guarda Civil, o pitbull Ganny. Ele está passando por treinamento para integrar o trabalho que vem acontecendo este ano em unidades de saúde, centros de educação infantil e espaços de acolhimento. 

    O serviço foi ativado este ano pela Guarda e vem acontecendo regularmente. No Lar Manzini, por exemplo, a cinoterapia ocorreu pela quinta vez. E mais uma vez fez a alegria dos 33 idosos acolhidos. 

    “Eu tinha uma cachorrinha que toda vez batia na janela e pedia algo para comer. Eu adoro cachorro, acho que hoje todo mundo quer ter uma vida como a deles, de carinho, de cuidado. Eu gosto tanto que até conseguiram me arrancar da cama”, disse Eunice, com um largo sorriso no rosto. 

    Ganny é filhote de american pitbull terrier com três meses de vida. Ele foi doado pela agente Fernanda Lisboa para o canil da Guarda Civil junto com a Brisa e foi escolhido justamente para desmistificar a imagem de que a raça é agressiva – a outra cadela será usada para o serviço de proteção. 

    “Nós já temos a Lola que faz a cinoterapia, mas ela está esperando filhotes, que também serão utilizados neste trabalho. A vinda do Ganny para este serviço é justamente para mudar essa ideia de que o cão é violento. Em São Paulo, há cinoterapia com pitbull e é um verdadeiro sucesso. E o Ganny está se demonstrando com um perfil bastante interessante para isso”, explicou o coordenador técnico do canil, Leandro Lopes. Ele explica que a maior parte do comportamento do cão se deve a criação do animal – nem tanto a aspectos genéticos. 

    Para isso, Ganny está sendo preparado para o contato com público. Para isso, já tem feito passeios na rua e tem ficado na casa dos guardas que cuidam do canil. O objetivo é que ele tenha vivência com maior número de pessoas e seja mais sociável. Os ganhos para quem tem contato com os cães são visíveis. 

    “Os dias que os cães são trazidos para cá são os que eles dormem melhor. Eles ficam muito alegres e isso se refletem em noites mais com maior tranquilidade”, contou a diretora do Lar, Cátia Manzini. 

    “Eles estão fazendo um bem muito grande e nós queremos que a Guarda Civil continue trazendo os cães para dar alegria para esses idosos”, afirmou Andréa Bittencourt, que também atua no Lar Manzini. 

    O canil de Petrópolis tem cães para proteção, detecção de armas e drogas, cinoterapia e está treinando dois animais para detecção em escombros e resgate. São 13 cães, que recebem acompanhamento veterinário, alimentação, medicamentos e adestramento com ajuda de parceiros – que também oferecem treinamento para os guardas que cuidam do canil. 

    “Nós percebemos a diferença que a cinoterapia traz para os doentes, para crianças e para os idosos. Esse lado social do canil é muito importante, mas não é só isso. O canil tem feito a diferença no município, ajudando na segurança dos eventos, como no Natal Imperial, na detecção de drogas, contribuindo para tirar entorpecentes da nossa cidade, e em breve terá um serviço inédito na cidade, para realizar resgates em escombros”, ressaltou o comandante da Guarda, Jeferson Calomeni. 


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