Novo consórcio começa a operar BR-040 a partir de hoje no lugar da Concer: esperança ou desilusão?

Após praticamente 30 anos com a nossa principal ligação para o Rio e Minas Gerais sendo administrada pela Concer, em período marcado pela promessa não cumprida da tão esperada obra da Nova Subida da Serra, o consórcio Nova Estrada Real assume hoje a gestão da rodovia. O contrato vai ser assinado com pompa e circunstância, com a presença do ministro das Cidades, Renan Filho, em um lugar emblemático: o Belvedere, espaço que já foi um badalado restaurante e, mais recentemente, serviu de canteiro para as obras inacabadas. Mas é possível embarcar nessa festa que o Governo Federal vai fazer? É bem difícil. Todos os sinais dados pelo consórcio foram muito ruins e vai caber aos novos administradores – e também à União, que deve apostar  no novo contrato para ter pelo menos o início das obras para apresentar como plataforma para a reeleição de Lula – suar bastante a camisa e provar que estamos errados no nosso desânimo. 

Novos administradores nem assumiram e o histórico já é ruim

A presença de uma das acionistas da Concer já gerou uma certa desconfiança tão logo o resultado do leilão foi anunciado. De lá pra frente, foi só pra trás: o consumidor se deparou com as notícias de que as obras podem ficar prontas só em 2032 e o pedágio, apesar de a disputa ter sido pelo maior desconto em relação à tarifa básica, deve aumentar em 17%, indo para a casa dos R$ 17. Nem sequer o free flow, forma de pagamento por trecho utilizado do pedágio, está estipulado para este primeiro momento da concessão. E, no meio disso tudo, até o momento a gente só sabe quem são os acionistas do consórcio – a Construcap, que já fazia parte da Concer; e as espanholas Copasa e Ohla. Não sabemos quem serão os representantes que farão a interface com governos federal, estadual e municipal, tampouco houve posicionamento sobre as primeiras medidas que serão tomadas. E a ANTT segue da mesma forma, com respostas evasivas a questões pertinentes. Como hoje é apenas o início de uma nova relação, tem muito tempo para consertar e tudo isso ficar só como uma má impressão. Mas é bom todo mundo se mexer logo.

Cadê o dinheiro?

As prestações de conta na Câmara geram mesmo momentos antológicos. A secretária de Educação, Poliana Ferrarez (que de boba não tem nada) cobrou, de público, o vereador Léo França. Pra sair bonito na foto, Léo prometeu, em reunião do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), articular com os vereadores para colocar o dinheiro das emendas ao Orçamento na merenda escolar, coisa de R$ 18 milhões, que resolveria o problema. Mas falar até papagaio fala e nada disso ocorreu. Poliana devolveu na mesma meda e questionou: onde foi parar esse dinheiro? Ótima pergunta. A gente também quer saber, secretária.

O cordão dos puxa-sacos

Olha que gracinha: ontem foi comemorado o dia do vereador! E, em vez de postar ações fantásticas, como os essenciais pedidos para realização de serviços importantes como capina e roçada, os assessores dos nossos queridos parlamentares foram para a rede parabenizar (a gente não sabe pelo quê exatamente) os nobres edis. Mas ficou só entre os cabos eleitorais mesmo. O povo mesmo continua esperando mais.

Deslize

E no material enviado à imprensa sobre a entrega, pelo prefeito Hingo Hammes, do documento em defesa do supercomputador de inteligência artificial, acabou saindo um “manifesto assassinado”. Foi só um deslize, mas é melhor nem brincar com isso. A coisa já tá difícil com o manifesto só assinado, e ainda querem matar a ideia?

No aquecimento

Partisans mais atentos estão achando Antônio César, o popular Bicho de Pau, aquele mesmo que já foi conselheiro tutelar, quase virou secretário de Assistência Social e é suplente de vereador pelo PRD, muito pimpão, confiante… Dizem até que ele já botou no meião e estaria fazendo o aquecimento para assumir o mandato. Mas, para isso, Wesley Barreto teria que se licenciar. Será?

Fora do jogo

Se tem gente no aquecimento, tem gente grande cogitando pendurar as chuteiras – pelo menos por enquanto. É o caso de Cláudio Castro. Dizem as más línguas que meio mundo está aconselhando o governador a não ser candidato a nada, ficando na cadeira e impedindo Rodrigo Bacellar de assumir o governo. E ironicamente, o plano B do PL para disputar o Senado, caso Cláudio não seja candidato, é… Washington Reis, pivô da briga que desarrumou a direita, que, no Estado, está tonta até hoje.

Contagem

Estamos há 2 anos, 4 meses e 25 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

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