Novo calendário da CBF para 2026 diminui número de jogos em até 12%
O novo calendário do futebol brasileiro divulgado pela CBF nesta quarta-feira, para o quadriênio 2026-2029, diminui o número máximo de partidas que um clube pode fazer na temporada de 7,2% até 12%. A redução dos jogos e a melhor distribuição de datas era uma reivindicação antiga dos times e se tornaram prioridade da entidade após Samir Xaud assumir a presidência.
Entre as mudanças mais significativas estão os Estaduais, que passam de 16 para 11 datas; a Copa do Brasil, que terá final única e mais fases decididas em apenas uma partida; e o Brasileirão, cuja disputa se estenderá de janeiro até dezembro, ocupando todo o calendário – este com o formato mantido para os próximos anos.
No anúncio feito pela CBF nesta quarta-feira, no Rio, a entidade mostrou que, em 2024, sete clubes brasileiros disputaram mais de 70 jogos. O Botafogo, campeão brasileiro e da Libertadores, quase atingiu o teto, com 75 partidas nas campanhas vitoriosas do elenco de Artur Jorge.
Em 2025, nenhum clube tem a possibilidade de disputar todas as partidas da temporada. Quem chegou mais perto desse feito, até então, são Palmeiras e Flamengo, que seguem vivos na Libertadores, mas já estão eliminados na Copa do Brasil. Em um cenário que a equipe disputasse todas as finais (Estadual, Libertadores e Copa do Brasil), poderia chegar à marca de 80 partida – com as fases preliminares da competição continental, como foi o caso do Botafogo em 2024, esse número chegaria a 84.
A mudança promovida pela gestão de Samir Xaud amplia o calendário da CBF, com o início do Campeonato Brasileiro em janeiro, simultaneamente aos Estaduais. Além disso, com a entrada das equipes da primeira divisão a partir da quinta fase da Copa do Brasil, somada ao jogo único na decisão, reduz o número de partidas máximas que um time pode disputar, de dez para oito.
Com isso, nesse novo cenário – Estadual e Copa do Brasil enxutos -, uma equipe do Brasileirão, que esteja em todas as frentes, pode disputar de 73 a 78 partidas a partir de 2026. A CBF já explicou também que, mesmo que a Série A e os Estaduais cheguem a ser disputados simultaneamente, apenas quatro rodadas serão intercaladas no calendário.
Esse número máximo de partidas pode variar, principalmente, pelo Estadual. Em 2026, a CBF estabeleceu um máximo de 11 datas para o torneio, mas o Paulistão, por exemplo, estuda abrir uma exceção e ampliar este número para 12. Outras competições, a depender de cada Federação, podem disputar até menos partidas. Isso ocorreu nesta temporada, com Carioca e Gaúcho realizando menos jogos do que o máximo permitido de 16.
Há outras variáveis na conta das partidas do futebol brasileiro, mas esse levantamento leva em consideração o máximo possível de partidas que um clube pode disputar em uma temporada. Até 2025, caso um time da Série A não se classificasse para a Libertadores, por exemplo, precisaria disputar a Copa do Brasil desde a primeira fase. Mas nesse cenário, teria ao menos 13 partidas a menos em seu calendário.
Caso Flamengo ou Palmeiras conquistem Brasileirão e Libertadores, somariam ao planejamento para 2026 as disputas da Recopa Sul-Americana (dois jogos) e Supercopa do Brasil (final em jogo único). Ainda assim, ficaria abaixo do teto de 78 jogos – que é atingido apenas se a equipe chegar a todas as decisões e, obrigatoriamente, partir da fase preliminar na disputa da Libertadores.
O novo cenário de torneios regionais não alteraria esse número máximo de partidas porque dez datas são adicionadas ao calendário dos times na disputa. No entanto, aqueles classificados para competições da Conmebol (Copa Sul-Americana e Libertadores) não podem disputar. Logo, teriam uma redução do teto de sete partidas.
Confira a distribuição de partidas do futebol brasileiro a partir de 2026:
Antes da mudança
Estaduais – até 16 jogos
Brasileirão – 38 rodadas
Libertadores – 13 jogos (17, caso dispute a fase preliminar)
Copa do Brasil – 10 jogos
Intercontinental – 3 jogos
Total de partidas – 80 a 84 jogos
Depois da mudança
Brasileirão, Libertadores e Intercontinental mantidos
Estaduais – até 11 jogos (12, no caso do Paulistão)
Copa do Brasil – 8 jogos
Total – 73 a 78 jogos