• Notícias do Corpo: VO2 máximo não é tudo

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  • 16/10/2022 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    Sabemos que o VO2 Máximo é um indicador da aptidão física e a capacidade que nosso corpo tem de captar o oxigênio, transportá-lo e absorvê-lo, gerando energia lá nas mitocôndrias (nossa usina de energia). Para que tudo isso aconteça, o corpo depende da adaptação pulmonar de captar o maior volume possível de oxigênio e da eficiência cardíaca de bombear mais sangue para as artérias.

    Por melhor que seja o treinamento, os pulmões e o coração têm um limite máximo de adaptação gerada com a corrida. “Coração de atleta”, que já vimos anteriormente.

    Outra adaptação importante é a chamada Diferença Aterio-Venosa de oxigênio, que acontece a nível muscular e na rede vascular. O treinamento de alta intensidade, visando aumento do VO2 máx. (tiros longos), aumenta o número de mioglobina – uma proteína que se liga ao oxigênio e entrega às mitocôndrias. Ou seja, o oxigênio precisa de um passaporte (mioglobina). Além disso, o treinamento aumenta o número de mitocôndrias. Mais mitocôndrias, mais energia.

    Outro efeito importante é o aumento da circulação capilar, vasos fininhos que ligam as artérias às veias, realizando trocas gasosas em todos os tecidos do corpo. Tudo isso se reflete no melhor aproveitamento do VO2 máx., que não é tudo. Um corredor pode ter um valor alto de VO2 máx. e seu corpo não ter um bom aproveitamento; enquanto outro, com VO2 máx não tão alto, mas com bom aproveitamento, corre melhor.

    Melhor circulação Aterio-Venosa, menor frequência cardíaca de repouso também. Não adianta colocar gasolina boa no tanque se o motor não aproveitar. Bom, depois de melhorar seu VO2 máx., seu pulmão, coração e as trocas gasosas, o que resta a fazer para correr melhor? Caprichar nos treinos que geram economia de corrida, como a biomecânica e a força.

    Literatura Sugerida: NASCIMENTO, Nikolas Chaves. Influência das adaptações circulatórias centrais e periféricas no aprimoramento do VO2 máximo. 2010.    

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