• Notícias do Corpo: Treino hit é bom, mas não é nenhuma novidade

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  • 30/05/2021 08:00
    Por Professor Luiz Carlos Moraes

    De tempos em tempos surgem “supostas novas” técnicas de treinamento físico como se fosse uma grande novidade. Em maioria se trata apenas de treinos antigos tradicionais rebatizados. Assim é o treino HIIT (High Intensity Interval Training) como sendo o super treinamento que serve para tudo. Não é bem assim… Em primeiro lugar não é nenhuma novidade como alardeiam por aí. Trata-se do treinamento intervalado popularizado por Zatopeck nos anos 50 e todo atleta de qualquer modalidade faz para melhorar as capacidades aeróbia/anaeróbia a resistência e o condicionamento cardiovascular. O segredo, deste método, como tenho exaustivamente defendido, está na conjugação das suas infinitas variáveis: Estímulo (popular tiro), Duração, Intensidade do Estímulo e o número de Repetições. Outra variável é a manipulação do Repouso (ativo ou Passivo) e a duração desse repouso. Estudos bem conduzidos há muito tempo comprovam o desenvolvimento da resistência anaeróbia/aeróbia, a velocidade de reação e deslocamento, a força explosiva e dinâmica, a capacidade de recuperação, a coordenação, o ritmo e a agilidade. Ao contrário do que muitos corredores (as) pensam o Intervalado não é para sair moído, morto, cheio de dor muscular. O principal objetivo é melhorar o Limiar Anaeróbio. Ou seja, aumentar a capacidade de o corpo suportar a maior velocidade possível e por mais tempo nos tiros sem entretanto causar um acúmulo tão grande de lactato sanguíneo na musculatura que o corpo não suporte removê-lo durante o repouso. Depois de alguns anos de treinamento a evolução se resume em pequenos detalhes como o Limiar Anaeróbio e a Economia de Corrida. Encontrar esse o ponto exato de “pace” nos tiros pode se conseguir em testes de laboratório, mas tem validade por pouco tempo. O melhor ainda é aquela velocidade final de prova que cada um sabe qual é. Portanto, existem infinitos protocolos de intervalados, mas é preciso saber qual o mais adequado de acordo com o objetivo. Intervalado é bom, mas não é único. Precisa ser conjugado com treinos leves pra não machucar. Prof. Moraes      

    Literatura Sugerida:

    • Gibala, Martin J., et al. “Physiological adaptations to low‐volume, high‐intensity interval training in health and disease.” The Journal of physiology590.5 (2012): 1077-1084.
    • Tabata I, Nishimura K, Kouzaki M, et al. Effects of moderate-intensity endurance and high-intensity intermittent training on anaerobic capacity and V̇O2max. Med Sci Sports Exerc 1996; 28: 1327–30

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