Notícias do Corpo: Exercício é bom em qualquer situação
Quem corre, ou faz qualquer atividade, física já ouviu falar e sentiu muitas vezes a gostosa sensação de prazer atribuída às endorfinas. Entretanto, não é só é só as endorfinas que agem no cérebro. Recentemente descobriu-se, com experiência em ratos, que o exercício físico aumenta também a expressão de uma proteína chamada fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Experiência que gerou outros estudos em humanos. Estudos relacionados à doenças neurodegenerativas como Alzheimer têm mostrado relação de baixo nível de BDNF com a doença. Níveis plasmáticos da proteína podem ser usados como marcadores biológicos de prejuízos à memória e função cognitiva geral (Komulainen et. al. 2008). Quando comparados grupos de pessoas saudáveis com as que já têm doenças relacionadas o segundo grupo possuem baixos níveis séricos de BDNF.
Pois bem. (Groves-Chapman et. al. 2011) mostrou que ratos submetidos a exercícios voluntários em roda de corrida aumentaram a expressão de BDNF independente da distância percorrida. Já (Alomari et. al. 2013) mostrou que os níveis de BDNF é maior em grupos de ratos submetidos a exercícios voluntários quando comparados a exercícios forçados, embora também aumente nesse grupo forçado. Estudos subsequentes com humanos comparando diversos grupos etários e variadas intensidades de exercício, chegaram a resultados similares concluindo que qualquer exercício estimula a química cerebral que provoca esse estado de euforia, mesmo quando o exercício é feito “contra a vontade”. Ou seja, não está com vontade de sair para correr ou ir para a academia? Vai assim mesmo que melhora! Você já saiu para correr sem vontade? Alguma vez se arrependeu disso?
Literatura Sugerida – CAMPOS, Marcelo Cavalheiro de. O exercício físico e sua relação com o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e a plasticidade sináptica: uma revisão bibliográfica. 2014.