• Notícias do corpo: doenças neurodegenerativas

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  • 04/06/2023 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    As doenças como demências e Alzheimer têm um fator genético de 10%, mas não culpe só a genética. Você, eu e todos nós podemos fazer muito mais para que essas doenças (se vierem) cheguem muito mais tarde ou nem cheguem.

    1) O primeiro passo é atividade física regular. Existe consenso na literatura. O cérebro precisa o tempo todo de oxigênio. Além das endorfinas, o exercício produz uma proteína chamada fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Experiência inicialmente feita com ratos gerou outros estudos em humanos relacionados à doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Pessoas com essas doenças têm relação de baixo nível de BDNF. Níveis plasmáticos da proteína podem ser usados como marcadores biológicos de prejuízos à memória e função cognitiva geral (Komulainen et. al. 2008). Sabe-se que o cortisol, amplamente produzido nas situações de estresse, danifica os neurônios e a produção de BNDF pelo exercício físico age como antídoto ao cortisol.

    2) Descubra atividades novas que também lhe dão prazer. Estudos mostram que mesmo as pessoas com Alzheimer podem aprender coisas novas.

    3) Aprenda a relaxar de vez em quando. É um tempo só para você sem fazer absolutamente nada.

    4) Durma bem. Estudos mostram uma situação preocupante. Mais de 50% das pessoas não dormem bem e recorrem a medicamentos que geram dependência. O exercício físico melhora o sono.

    5) Socialize-se. Nesse ponto, a corrida de rua, a academia e as atividades físicas em grupo são ótimas. Participe de festejos que lhe agradem com pessoas que você gosta. Pessoas que vivem sozinhas têm mais risco de depressão e doenças neurodegenerativas mesmo que não tenham fator genético.

    6) Nutrição. Já conversamos sobre as vitaminas essenciais para o cérebro. Coma comida de verdade e evite os processados e ultraprocessados.

    Literatura Sugerida – 1) CAMPOS, Marcelo Cavalheiro de. O exercício físico e sua relação com o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e a plasticidade sináptica: uma revisão bibliográfica. 2014. 2) MACIEL, LTM; et all (2016) Estudo dos principais tratamentos da esclerose lateral amiotrófica. Revista Uningá 2016.

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