Notícias do corpo: academias devem resgatar o papel social
Pois bem. No plano de flexibilização de todas as cidades as academias de ginásticas ficaram para depois. Sabem por que? Não são consideradas prioridade. Sabem por quê? Em parte por conta do rótulo social da estética, do desfile de corpos, dos sarados e saradas e que fazem muito sucesso nas redes sociais. Vale lembrar que a profissão de Educação Física é relacionada entre as profissões que constituem a Conselho Nacional de Saúde. Resolução CNS n°287. Quando reabrirem deverão repensar a questão do verdadeiro papel social que as academias tem na questão da saúde preventiva. Terão agora regras sanitárias bem definidas e distanciamento entre os usuários. Ou seja, passarão os alunos a terem atenção mais diferenciada ainda. Sabe-se que uma pessoa ativa, que faz atividade física regularmente, independente da idade, têm risco menor de morrer de quase todas as comorbidades tão evidenciadas durante a pandemia como a Hipertensão Arterial, a Diabetes e até mesmo o câncer. Com a Covid-19, sendo exaustivamente falado todos os dias que os idosos são grupo de risco acabou ficando rotulado que todo mundo com mais de 60 anos é doente. A presença dos idosos nas academias antes da pandemia já vinha sendo uma realidade tanto que algumas delas já tem programas específicos para esse público que costuma inclusive ser mais fiel e não estão lá para brincadeira. Idosos são os que mais perdem com a inatividade física e também os que melhores resultados têm com atividade física regular. Claro, toda academia tem desfile de corpos, sarados e saradas massageando seus egos nas redes sociais que, até certo ponto faz muito bem ao emocional e não tem nada de mais isso. Com o NOVO normal é preciso repensar o papel social ESSENCIAL das academias resgatando a visão da saúde preventiva. Um lugar que se pratica saúde e não apenas desfile de corpos. Um lugar onde os profissionais de Educação Física são parceiros dos médicos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas pelo bem comum. Um lugar onde os idosos também terão atendimento preferencial cuidando mais do que nunca da saúde preventiva. Normalmente são exemplos para os jovens.
Literatura Sugerida: CUNNINGHAM, Conor et al. Consequências da inatividade física em idosos: uma revisão sistemática de revisões e metanálises. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports , v. 30, n. 5, p. 816-827, 2020.
PAPO RETO – Em Petrópolis continua subindo o número de RECUPERADOS SOMADOS AOS NEGATIVOS. Claro, cada morte causa muita dor aos familiares. O Brasil tem mais de 650.000 RECUPERADOS. Também número superior aos em acompanhamento. Flexibilizar é preciso, mas continua valendo. Só saia de casa se precisar. Tem muita gente que precisa trabalhar para pagar as suas contas e comprar comida. A economia parada a bomba estoura no colo de todo mundo. Do comércio autorizado a funcionar 30% não voltou porque quebrou. Vamos pensar no outro. Flexibilização NÃO É FESTA! Dinheiro não dá em árvore!