Notícias do Corpo: A relação treinador / atleta tem que ser verdadeira
Tudo que o corredor (a) deseja, recreativo ou profissional, é melhorar seu desempenho nas corridas e não podia ser diferente. E qual é a mágica para dar certo? É contratar um treinador com experiência na modalidade escolhida. Para dar certo, o mais importante é o comprometimento entre treinador e o atleta. A confiança mútua é o ponto de partida. Cabe ao treinador rever toda semana a planilha e as metas alcançadas. Cabe ao atleta informar ao treinador (no caso de treino à distância) o resultado fiel de cada treino, se deu certo conforme a meta, se deu errado e o porquê e fazer uma avaliação subjetiva Ruim, Regular, Bom ou Muito Bom. A psicologia esportiva ressalta há muito tempo a “tríade esportiva” (treinador, família e atleta) nesse relacionamento. Não basta o treinador ter uma parede cheia de diplomas se ele não souber “ouvir sem julgar” seus atletas que podem ter problemas pessoais. O treinador (e vale também para o personal) hoje é mais um amigo, um paizão do que simplesmente um profissional que tem o conhecimento técnico. O atleta tem que ser verdadeiro. Não pode sabotar o treinador. Ou seja, se o treino é fraco fazer forte e dizer que fez fraco. Se teve problema extra pista tem que falar e rever as metas. Um dia conversando com um treinador de alto rendimento me disse que é mais difícil treinar atleta de elite do que o recreativo que faz tudo certinho. O de elite nem sempre. Adie e Jowett (2010) cita que atletas que percebem essa relação cooperativa e proximidade com seus treinadores são mais propensos à execução das tarefas definidas de comum acordo do que o desempenho do próprio ego. Vale lembrar que o objetivo de ambos é a vitória pessoal do atleta e não disputa de egos. Todo mundo sai ganhando com isso e na área de corrida de rua existem bons treinadores. Prof. Moraes
Literatura sugerida
Davis, L., & Jowett, S. (2014). Coach-athlete attachment and the quality of the coach-athlete relationship: Implications for athlete’s well-being. Journal Sports Science, 32(15), 1454- 1464. doi: 10.1080/02640414.2014.898183