Nosso país

A expressiva concentração popular ocorrida no último domingo, em todo o país, veio demonstrar a insatisfação de milhares de brasileiros contra o governo federal.

Ressalte-se, graças ao bom senso das pessoas, que a manifestação se deu em paz, sem confrontos e qualquer tipo de agressões.

Convivemos com muitos amigos e amigas que deixaram de abraçar tão nobre causa, justamente com receio da ocorrência de badernas. Preferiram, segundo eles nos confessaram, protestar por ocasião do voto.

Os brasileiros, naquele domingo, protestavam contra a permanência da Presidente Dilma à frente dos destinos do país, sem falar nos que pediam a prisão do ex-Presidente. Palavras de ordem, também, contra os Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, além de palavras elogiosas ao Juiz Federal Sérgio Moro.

Cremos, por outro lado, que tais manifestações certamente serão contestadas por aqueles que apóiam o atual governo, e desde que ocorram, espera-se que transcorram dentro da ordem.

Não podemos, entretanto, deixar de frisar que a situação em que se encontra o país é realmente preocupante, senão quase que alarmante, eis que nada ou quase nada foi feito desde a posse da Presidente Dilma. O que ocorreu, nesse interregno, foram apenas desentendimentos entre o Executivo e o Legislativo, trocas de insultos e atos congêneres e o povo brasileiro assistindo a tudo isso de forma perplexa e com muita tristeza.

Há que se reconhecer, e não pode ser negado, que o país se encontra mergulhado numa profunda crise político/econômica, sem perspectivas muito claras para dela sair, pelo menos nos próximos dois anos, a nosso juízo.

Não se pode deixar de admitir, com extrema decepção, em face do que informa a mídia, que algumas das mais altas autoridades investidas em funções públicas estejam atreladas a sérios processos de corrupção, como, também, executivos integrantes de grandes empresas brasileiras, situações que ainda mais complicam a busca da abertura para novos caminhos a serem trilhados pelo país.  

Lamentável a prática de atos de caráter tão deplorável levados a termo por tais pessoas. No entanto, em razão dos últimos pronunciamentos do Vice Presidente da República, percebemos que suas palavras são de alento e de paz, justamente em busca do equilíbrio e do bom senso entre os dirigentes do país, ressaltando-se a manifestação desta autoridade quando incentiva o brasileiro em prol do trabalho objetivando o crescimento da nação, a preservação do regime democrático. 

Ao encerrarmos, estamos convictos de que o Poder Judiciário dará a devida resposta ao povo brasileiro acerca de tantas querelas em andamento e ainda que o processo eleitoral esteja distante, caberá ao eleitor, no momento oportuno, decidir quanto ao futuro do Brasil, através do voto, arma que dispomos, a mais lídima com vistas à garantia do regime democrático e da ascensão ao poder de um governo a ser eleito em favor de toda a população.  

Somos todos brasileiros!