Nossa Senhora do Amor Divino
Desde tenra idade aprendi a venerar Nossa Senhora, a começar pelo fato de haver sido consagrado a doce mãe tendo sido levado à Pia Batismal em vinte e sete de novembro do ano de meu nascimento, quatro meses depois, isto, em 27 de novembro de 1949.
Sempre que visito Três Rios, terra natal, ao adentrar aos pórticos da bela e sóbria Matriz de São Sebastião ali se contempla seus altares, imagens, o afresco a adornar o teto em honra à Santíssima Trindade e, principalmente um ícone de Nossa Senhora Aparecida que fica bem à porta principal ao lado esquerdo em local de destaque.
A partir da infância, adolescência e fase adulta nesse caminhar pedagógico e religioso através das coroações e celebrações no mês de Maria, novenas, terços, procissões e ladainhas. Meus párocos, à época traziam imagens de Nossa Senhora do Amor Divino e nos ofereciam.
As recordações desses gestos, principalmente por parte dos padres Ferdinando Osimani, Ney Affonso de Sá Earp (mais tarde monsenhor) Geraldo João Lima, Sebastião, Alvarado e freis Jorge e Estevão, dentre outros. Permanecem impregnadas em meu coração.
As diversas oportunidades, festivas ou em visitas, me alegram rezar na bonita capela do Seminário Diocesano. Nossa Senhora, guardiã da Igreja e de seu Seminário derrama em catadupas suas bênçãos. Idêntica alegria invade e enternece minha alma ao visitar o Santuário Nossa Senhora do Amor Divino em Corrêas.
Esta bênção ganhou proporção imensurável quando o querido Bispo Diocesano Dom Gregório Paixão anunciou em bela homilia durante a Santa Missa do Crisma, celebrada no dia 1º de abril do ano em curso na Catedral São Pedro de Alcântara e, ao ensejo das celebrações dos 75 anos de criação da Diocese de Petrópolis de um grande presente oferecido pelo Papa Francisco.
A devoção a Nossa Senhora do Amor Divino será estendida a toda Igreja Católica com a Coroação Pontifícia da Imagem com a data a ser autorizada pelo sumo Pontífice no dia 13 de fevereiro.
Disse Dom Gregório OSB “que esta é uma grande graça para a igreja diocesana e para toda a igreja do Brasil.” “A Coroação de Nossa Senhora ocorrerá a exatos 270 anos da inauguração de sua primeira capela em 1571.” O assessor eclesiástico para Liturgia, padre Thomaz Andrade Gimenez disse que “algumas imagens de Nossa Senhora já receberam essa graça do Sumo Pontífice, “A imagem de Nossa Senhora aparecida, em 1904, a imagem de Nossa Senhora do Carmo, do Recife, em 1919, a imagem de Nossa Senhora do Pilar, de São João Del Rei, em 1954 e a imagem de Nossa Senhora do Carmo, de Mariana, em 1961.
“A imagem de Nossa Senhora do Amor Divino, agora, também, goza esta especial condecoração.” Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra, primeiro bispo de Petrópolis entregou o seu ministério às mãos de Nossa Senhora do Amor Divino, ao realizar o sonho da edificação do Seminário Diocesano. Rendeu homenagem à Doce Mãe do Amor Divino que em Corrêas era capela, em 1960 foi elevada à paróquia e a partir de 2011 por ato do Bispo Dom Fillipo Santoro, atual Arcebispo de Taranto na Itália passou a Santuário.
A partir de Dom Manoel Pedro, Dom Veloso, Dom Vaz, Dom Filippo e Dom Gregório Paixão depois de suas posses fazem questão de visitar esse belo santuário onde está a imagem original de Nossa Senhora do Amor Divino e contemplá-la, em ação de graças ao dom da vida, ao ministério sacerdotal e a Ela entregar o seu rebanho. Que a Mãe do Belo Amor nos proteja e vele por nós. Salve Maria, a Mãe do Amor Divino.