• Nos EUA, Fauci alerta sobre flexibilização, mas diz ser crível meta de Biden

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  • 14/03/2021 15:26
    Por Dow Jones Newswires / Estadão

    O principal especialista da Casa Branca para doenças infecciosas, Anthony Fauci, alertou neste domingo, 14, sobre os riscos de aliviar as medidas de isolamento nos Estados Unidos. Segundo ele, o país pode viver uma nova disparada de contágios, assim como aconteceu na Europa, caso as restrições sejam retiradas cedo demais.

    “O continente europeu parece estar sempre algumas semanas à nossa frente no que diz respeito à dinâmica do surto. A Europa atingiu o platô depois de recuar um pouco. Pensavam que estavam livre do vírus, mas não era o caso. Agora, estão vendo novamente uma aceleração de casos”, afirmou Fauci em entrevista ao canal americano Fox News.

    Os alertas do especialista acontecem após alguns Estados, como o Texas, começarem a permitir a reabertura de empresas em plena capacidade, retirando ainda a obrigatoriedade do uso de máscaras, contrariando as instruções de órgãos de saúde pública. Fauci classificou como “arriscada e potencialmente perigosa” a decisão das autoridades texanas.

    Enquanto isso, o presidente americano, Joe Biden, pressionou os Estados a permitirem elegibilidade de vacina para todos os adultos até 1º de maio. No dia da assinatura do pacote fiscal, o democrata apresentou a projeção de que pequenas aglomerações serão possíveis já no feriado de 4 de Julho. Na entrevista deste domingo, Fauci considerou essas metas “bastante razoáveis”.

    O especialista da Casa Branca disse ainda que seria de grande ajuda se o ex-presidente Donald Trump incentivasse seus apoiadores a se vacinarem contra o coronavírus.

    “Acho que faria uma grande diferença”, disse Fauci à Fox News. “Ele é uma figura muito popular entre os republicanos. Se fizesse esse apelo para que as pessoas fossem imunizadas, me parece absolutamente inevitável que a vasta maioria de seus seguidores próximos o ouviria.”

    Até este domingo, mais de 534 mil pessoas morreram nos EUA em decorrência do vírus, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. O país registrou mais de 29 milhões de casos. Embora as hospitalizações tenham caído no território americano, novas variantes estão se espalhando.

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