• Nome para BC deve ser anunciado nas próximas semanas, diz Haddad

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  • 13/ago 19:16
    Por Cícero Cotrim / Estadão

    A troca de presidente do Banco Central “entrou no radar” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o nome que substituirá Roberto Campos Neto à frente da autarquia pode ser anunciado “nas próximas semanas”, afirmou nesta terça-feira, 13, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

    “Eu acredito que vai ser nas próximas semanas”, disse o ministro a jornalistas na entrada da sede da Fazenda, em Brasília. “Entrou no radar do presidente essa questão e ele ficou de discutir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco a questão da sabatina, em virtude do calendário eleitoral.”

    O ‘timing’ da indicação, disse o ministro, depende da conversa entre Lula e Pacheco. Hoje, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, é considerado franco favorito para a vaga. Ele foi secretário-executivo da Fazenda já durante a gestão Haddad.

    Segundo o ministro, a ideia é que a sabatina ocorra durante um dos “esforços concentrados” que o Congresso terá este ano, em meio à agenda eleitoral.

    Selic

    Haddad disse hque é necessário fazer “uma série de considerações técnicas” sobre a condução da política monetária. Ele respondeu à indagação de jornalistas sobre a declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que disse hoje que não hesitaria em aumentar a Selic, se necessário.

    “Tem uma série de considerações técnicas que têm de ser feitas e nem sempre o melhor é aumentar o juro, às vezes é manter ele no mesmo patamar restritivo, isso não é atribuição do Ministério da Fazenda fazer a conta”, afirmou Haddad.

    O chefe da equipe econômica disse que o BC tem uma “equipe técnica” de nove pessoas – isto é, os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) – para sopesar as variáveis de interesse e estimar o nível correto da taxa Selic. “Nós temos nove pessoas indicadas com mandato para tomar a melhor decisão para o País”, afirmou.

    “O que eu estou feliz é que o Brasil está crescendo com a inflação controlada, mesmo com um susto ou outro, o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) que atrasou os cortes, o Banco do Japão, que subiu”, completou Haddad.

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